As mudanças no transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia que dependem de mudanças na legislação para serem implantadas, aos poucos, começam a ser apresentadas à população. Na pauta dos técnicos da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e do Governo do Estado está a implantação de uma nova versão do CityBus. De acordo com o presidente do órgão, Tarcísio Abreu, trata-se de uma atualização 3.0 do serviço.
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De acordo com a companhia, o sistema possibilitará e será um atrativo para quem hoje não utiliza o serviço de transporte coletivo na Região Metropolitana em Goiânia. “Adotar a solução de serviço sob a demanda complementar e integrada ao serviço convencional , especialmente para viagens de curtas distâncias, como forma de ampliar a capilaridade, o conforto e reduzir o tempo de viagens, estimulando o uso do transporte público coletivo”, explica ao Diário de Goiás.
Prometida para o meio do ano e sem previsão de ser apresentada, a reestruturação no transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia terá como principal pilar mexer no preço que o passageiro paga criando um sistema que possibilite a implementação de uma tarifa variável de acordo com trechos e demanda e o lançamento do bilhete único que integre todos os modais públicos existentes na RMG, como já havia sido adiantado
Discussão avançada para o transporte coletivo
Com uma perda acumulada de quase 80% nos passageiros do transporte coletivo ao longo dos últimos dois anos e meio, Abreu avalia que uma reformulação poderia ser um atrativo para que o cliente que abandonou o sistema possa retornar a utilizá-lo.
De acordo com a CMTC, há um diálogo avançado entre os responsáveis pelo projeto de lei para as mudanças no transporte coletivo. As discussões começaram há algum tempo e a redação do PL está sendo elaborada pelo corpo técnico dos secretariados das administrações da capital e estadual. “Isso está muito adiantado. Já fizemos quatro reuniões. O prefeito Rogério Cruz e o governador Ronaldo Caiado sentaram, discutiram. O secretariado debate e está concluindo esse documento”, afirmou.
O projeto de lei complementar propõe alterar a lei de 1999 que criou a CMTC e a Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC). O texto também atribuiu as respectivas responsabilidades pelo sistema de transporte coletivo da Grande Goiânia.
A partir do momento que houver autorização legislativa, a CMTC passa a operacionalizar o novo modelo. “Aí organizamos o novo sistema, com funcionamento de linhas. Também uma CMTC reestruturada, com poder metropolitano, que possa organizar todo o processo”, destaca.