14 de novembro de 2024
Publicado em • atualizado em 04/04/2022 às 23:02

Wolmir Amado não descarta aliança com PSB mas destaca: ‘Não há dúvida que meu nome é o de pré-candidato ao Governo’

O pré-candidato petista em Goiás, Wolmir Amado e o ex-governador José Eliton e recém filiado à sigla socialista já se encontraram e sinalizam um futuro acordo.
Wolmir Amado e José Eliton: diálogo marca o inicio de conversas para consolidação da "frente ampla" (Foto: Divulgação)
Wolmir Amado e José Eliton: diálogo marca o inicio de conversas para consolidação da "frente ampla" (Foto: Divulgação)

Tudo indica que PT e PSB em Goiás irão caminhar juntos nas eleições em 2022. Apesar das lideranças não cravarem é questão de tempo para que ambos os partidos possam anunciar que estarão de mãos dadas, em uma “frente ampla” com outras agremiações do “campo democrático”. O pré-candidato petista em Goiás, Wolmir Amado e o ex-governador José Eliton e recém filiado à sigla socialista já se encontraram e sinalizam um futuro acordo. 

“Foi um encontro fraterno, de recíproca acolhida, uma conversa cheia de esperança e confiança entre ambos. Foi uma excelente conversa”, resume o pré-candidato do PT, Wolmir Amado sobre o encontro que aconteceu na última quinta-feira (31/04). “Foi uma conversa na qual ele veio com muita disponibilidade e abertura e se colocando afinal, para essa frente ampla. Além da receptividade a sua pessoa, também a uma convergência na questão da frente ampla, cidadã, democrática e progressista”, pontuou o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

PT e PSB já caminham de mãos dadas nacionalmente há algum tempo. Tudo indica que as legendas irão entrar no pleito em 2022 com Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente e Geraldo Alckmin, no PSB, como seu vice. Em Goiás ainda não há uma definição para o cenário. Amado ressalta que a construção das chapas majoritárias não passou pelo diálogo com o ex-tucano.

“Nós não chegamos a falar nem de longe em formação de chapa. Isso é tudo muito precoce. Da parte dele e também da nossa parte não é o momento para falar de chapas e a razão disso é o perfil do PT. O PT precisa de diálogo intenso, nacional e aqui no estado com as lideranças, além das bases”, pontuou Amado. É preciso então ouvir a militância antes de tomar uma decisão que avance para outras estratégias. “Não por uma conveniência eleitoreira, ou eleitoral. Sobretudo, temos em comum o estado das coisas”, menciona.

Seja lá como for, Wolmir destaca que a decisão em torno de sua pré-candidatura ao Governo de Goiás já está muito bem alinhada. “Até então, o meu nome é o de pré-candidato ao Governo do Estado. Não há nenhuma dúvida quanto a isto. Isto não é algo precipitado. Foram alguns meses até chegar a apresentação do nome em novembro do ano passado”, destaca. 

Qualquer decisão diferente disso, deverá ser tomada com o mesmo processo. “Foram uma série de reuniões, visitas, encontros e diálogos, então o partido me aceitou como pré-candidato, portanto, vejo que para mim é óbvio que as coisas tem de ser acolhidos gradualmente, tem de ser processo. Portanto, qualquer possibilidade futura deverá ser com o mesmo processo.” 

Mesmo diante deste cenário, Amado pondera que a sigla socialista é um elemento importante na chamada “frente-ampla” das forças democráticas. “Agora, nós realmente desejamos uma frente ampla que venha ou não, compor com a chapa, ela supõe um movimento e uma onda que é muito relevante e que poderá culminar numa chapa de aliança que também será algo muito importante e muito bom. Isso, com o PSB já tem colocado como uma possibilidade e almejamos conversar com o PSB”

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.