De acordo com aliados tucanos, há uma expectativa de, na reta final, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) aumentar sua vantagem em relação ao deputado federal Delegado Waldir (União Brasil) na corrida pelo Senado devido ao chamado voto útil.
Especialistas ouvidos pela coluna apontam que a eleição para o Senado é a que o voto útil mais se faz presente. E a alguns motivos que podem ser pontuados para que Marconi Perillo possa acelerar seu desempenho nos levantamentos de intenção de voto.
É que à medida que o dia 2 de outubro se aproxima, as pesquisas tendem a mostrar um afunilamento das intenções de voto entre ambos. Caso esse cenário se confirme, eleitores de outros candidatos – especialmente aqueles que votam à esquerda – que não decolaram podem preferir votar em Marconi Perillo para impedir Delegado Waldir de conquistar a vaga, já que o pleito para senador é decidido em apenas um turno.
Existe ainda a hipótese de Wilder Morais (PL) chegar competitivo na reta final da campanha. O empresário que é o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem agradado setores de centro e à esquerda.
Antes mesmo da última semana chegar, o tucano tem recebido apoio em razão do voto útil. Por exemplo, a Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar do Estado de Goiás (Fetaeg) já fechou aliança com Marconi.
Embora seja mais ligada à esquerda, a Fetaeg sabe que candidatas desse campo ideológico, como Denise Carvalho (PCdoB) e Manu Jacob (PSOL), têm poucas chances de vitória e, por isso, trabalha para evitar a chegada de Delegado Waldir ao Senado.
O voto útil no tucano contra o deputado federal do União Brasil, porém, não se limita a colorações avermelhadas da esquerda. Lideranças políticas do interior, que, por enquanto, estão com senatoriáveis de centro-direita ou direita – como Alexandre Baldy e Vilmar Rocha – também cogitam votar no candidato do PSDB, se aqueles que apoiam não cresceram nas pesquisas.