05 de setembro de 2024
Publicado em • atualizado em 14/04/2021 às 13:04

Secretária quer dar tranquilidade para Rogério Cruz tocar a cidade: “Esse é o nosso papel”, aponta titular da Controladoria Geral do Município

Aline Ribeiro é a primeira mulher a comandar a Controladoria-Geral do Município na Prefeitura de Goiânia (Foto: Acervo Pessoal)
Aline Ribeiro é a primeira mulher a comandar a Controladoria-Geral do Município na Prefeitura de Goiânia (Foto: Acervo Pessoal)

Quando a advogada Aline Ribeiro pisou no começo do ano na Prefeitura de Goiânia para assumir o cargo de secretária-executiva na Controladoria Geral do Município, não esperava que quase três após teria de assumir a pasta, após o rompimento do grupo de Daniel Vilela (MDB) com o Republicanos, do prefeito Rogério Cruz. O então titular Colemar José Moura, que havia a levado para o Paço Municipal, decidiu acompanhar o presidente estadual da legenda.

Ainda que de forma interina, Aline decidiu continuar na pasta e ainda que de forma interina, se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de Controladora-Geral do Município da Prefeitura de Goiânia, desde que o órgão foi criado, em 2008. “Enquanto era Auditoria teve uma colega também que ocupou a pasta. Como Controladoria, eu sou primeira”, explica em entrevista concedida ao Diário de Goiás.

Mesmo interina, Aline está focada em trabalhar para dar tranquilidade ao republicano, na questão da gestão contratual. O decreto de Compliance e Transparência Administrativa, assinado por Rogério Cruz acabou ficando em sua mão. “ A Controladoria neste momento está voltada justamente para isso. Para poder fiscalizar os atos administrativos para que tudo aconteça da forma de maior transparência possível, para que não haja fraude no percurso do processo, visando sempre a conclusão e o cumprimento do plano plurianual de Governo”, destacou.

Revisão de contratos da gestão Iris Rezende

Aline avalia que a auditoria feita em torno do último trimestre da gestão Iris Rezende, que levantou certa desconfiança com a gestão do emedebista é tida como ‘normal’. “São atos normais que fazem parte da administração. Enquanto advogada eu já trabalhei e prestei consultoria e assessoria para outras prefeituras, então, é normal que isso aconteça. Uma administração nova chega e precisa tomar pé da situação. Entender o que estava acontecendo, até para poder aplicar um modelo de gestão”, pontuou destacando que o republicano tem uma visão modernista da administração. “O prefeito Rogério Cruz das vezes que eu tive oportunidade de estar com ele, ele é um prefeito com uma visão muito modernista e futurista. A visão dele é de progresso”, destacou.

O trabalho da Controladoria acaba que avaliza decisões que o prefeito pretende tomar. O que tem de ser feito e o que vai ser feito é sempre pautado em números e dados e na competência técnica da equipe que ele está formando. A Controladoria é uma equipe estritamente técnica, todos aqui são técnicos. Auditores muito competentes”, explica. 

“O papel da Controladoria é dar esse suporte ao prefeito. De explicar, deixar o prefeito ciente de como está o andamento desses contratos para que ele possa tomar as providências e medidas necessárias sempre visando o progresso para o futuro da cidade”, pondera de maneira otimista.

Futuro na administração pública

Goiana, nascida e criada no Jardim Novo Mundo, do lado do Paço Municipal, a Controladora interina não pensa num convite para efetivação. Se ocorrer tudo bem, caso não, o importante é tocar o trabalho de uma forma que a administração pública obtenha resultados positivos. “Quando o prefeito nos chamou para fazer o convite para assumir a pasta interinamente, eu recebi o convite como uma missão. Estou trabalhando nessa missão. Independente de ser efetivada ou não, o meu papel é desempenhar e entregar o melhor serviço para o município. A gente pega uma missão com amor para poder entregar e defender o interesse público. Se eu for efetivado, maravilhoso, para mim é uma satisfação. Se não for, eu estou a disposição do prefeito e o que eu puder fazer para contribuir com essa administração”, destacou.

O clima hoje na Prefeitura, principalmente entre os secretários-executivos que se tornaram interinos é de trabalho e foco. “Eu estive numa reunião com os outros secretários que também assumiram interinamente. Todos estão muito voltados para o trabalho. A gente precisa dar continuidade ao trabalho que foi iniciado em janeiro, com o que já vem sendo feito no município. O clima realmente, com as pessoas que ficaram, é de trabalho. ‘Vamos trabalhar, vamos fazer acontecer, não vamos deixar nada frágil’. A gente continua trabalhando, muito empenhados, voltado para isso. Esse é o clima, principalmente entre nós, secretários-executivos que nos tornamos interinos”, reforçou.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.