Com aproximadamente um ano das eleições em 2022, o cenário político em Goiás começa a ganhar corpo nesta quinta-feira (16/09) com a consolidação da aliança entre o Democratas, do governador Ronaldo Caiado e o MDB, de Daniel Vilela. A reunião do diretório estadual do partido emedebista que promoverá o encontro de lideranças com o presidente estadual e até mesmo o democrata, deverá sacramentar e dar fim a uma novela que vem se desenrolando a meses.
Com a benção de deputados estaduais, vereadores em Goiânia e pelo interior e maioria dos prefeitos do partido, a aliança vê resistências por parte de setores importantes do partido como o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB) e do deputado estadual, Paulo César Martins, que defendem desde o início da discussão, candidatura própria do partido.
Dias atrás, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães em Goiás, Ênio Medeiros, destacou que a consulta que Daniel Vilela tenta fazer aos aliados é nula. O Diário de Goiás fez um apanhado de todos os pontos desse novelo político para que o leitor possa entender a discussão e o debate.
Aliança costurada há meses
O cortejo entre Caiado e MDB se dá há meses. Em julho, quase todos os prefeitos emedebistas do estado assinaram uma carta defendendo apoio da sigla à reeleição do governador. Em eventos, Caiado e Daniel Vilela trocaram elogios e com o desenrolar do tempo, foram sendo vistos cada vez mais juntos. Em Brasília, no começo de setembro, jantaram juntos. Na pauta, o 5G. Ontem (15), estiveram em Orizona comemorando o aniversário da cidade.
No dia 24 de agosto, foi a vez dos vereadores do partido em Goiânia darem corpo a aliança. Em carta publicada após o encontro com Daniel Vilela, os parlamentares destacam o avanço do Estado sob a gestão democrata e confiam que com o MDB, Goiânia se “tornará ainda melhor para quem vive” na cidade.
A resistência no MDB à aliança com Caiado é vocalizada pelo prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. Ele defende consulta interna no partido e já falou em sair da legenda se a escolha não for feita de forma democrática. Em várias oportunidades ele defendeu a candidatura própria e uma consulta a todos os militantes da sigla no estado antes que uma decisão seja tomada.
A tendência é que com a consolidação da aliança, Mendanha deva buscar outra casa para chamar de sua. Ontem (15), em entrevista a Paz FM, reiterou que não caminha no mesmo palanque que Ronaldo Caiado e isso já diz muito.