O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que lidera as pesquisas de intenção de voto nas eleições de 2022 deve terminar a campanha do 1º turno sem agenda pública em Goiânia. Atos como comícios ficaram reservados aos maiores colégios eleitorais do Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Além da dificuldade em acertar as agendas, o DG apurou que questões relacionadas a violência política acentuadas durante a campanha dificultaram a vinda do petista. A cúpula do PT considera que o momento é de preservar o ex-presidente Lula, que tem uma boa vantagem nos levantamentos de intenção de voto, mas perde em estados com forte presença de setores ligados ao agronegócio como Goiás.
Para aproximar Lula de setores resistentes, o PT junto com o PSB articularam a vinda do candidato a vice na chapa petista, Geraldo Alckmin, que pertence à legenda socialista. A agenda costurada pelo advogado Fernando Tibúrcio (PSB) – candidato a vice do professor Wolmir Amado (PT) ao Palácio das Esmeraldas, será na quarta-feira (21/09).
O ex-tucano deve se encontrar com eventos sindicais, sociais e culturais, além de encontro com setor produtivo e lideranças empresariais do agro. É a forma que a cúpula petista encontrou para minimizar resistências das categorias com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Havia expectativa que o candidato também estivesse presente.
O Diário de Goiás chegou a conversar com lideranças empresariais sobre a vinda de Geraldo a Goiânia. Todos são unânimes em dizer que o ex-tucano será bem recebido, mas reconhecem resistência e dificuldades em declararem apoio, sobretudo com o histórico de corrupção e desgastes naturais carregados pelos quase 14 anos que o PT ocupou o poder.
Domingos Ketelbey
Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.