O professor e dirigente do PT em Goiás, Arquidones Bites Leão, preso no dia 31 de maio por colocar uma faixa com os dizeres “Fora Bolsonaro Genocida” no capô do carro, relatou ter sofrido nova intimidação policial na tarde desta segunda-feira (16/08), em Trindade.
Bites estava gravando um vídeo na fila para tomar a dose reforço da vacina contra a Covid-19 quando foi abordado por um suposto policial militar. “Ele falou que eu não deveria tomar a vacina porque era a vacina do Bolsonaro. Eu disse que não era e que Bolsonaro só comprou depois de muito tempo. Foi tarde demais, dava para ter salvado muitas vidas”, relata ao Diário de Goiás.
Quando retrucou, o suposto policial pediu para que o professor saísse do carro. “Ele disse que ia me esmurrar até eu desfalecer”, rememorou. “Mas eu não posso me calar, se eu me calar eles ficam alimentando ainda mais as ideias fascistas deles”, pontuou.
Relembre o ocorrido:
A frase “Fora Bolsonara Genocida!” plotada no capô do carro de Arquidones Bites, secretário estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), rendeu dores de cabeça ao militante. É que a Polícia Militar o enquadrou de acordo com a lei de segurança nacional no dia 31 de junho, em Trindade. Ele foi levado à sede da Polícia Federal (PF) na capital.
A abordagem foi gravada e divulgada nas redes sociais. O professor reclamou que foi agredido com pontapés pelos policiais. A Polícia Federal informou, à época, que não foi constatado crime do professor que se enquadre na Lei de Segurança Nacional.