Ao longo da semana, Goiás e o Brasil presenciaram manifestações de pessoas reivindicando o tratamento precoce para a reabertura do comércio, protagonizada em sua maioria, por militantes bolsonaristas. Algumas até levantavam a bandeira do fechamento de instituições como o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Federal. Na segunda-feira (15/03) manifestantes chegaram a bloquear um trecho da BR153 na região da capital goianiense comprometendo a chegada de um oxigênio para um hospital em Bela Vista. O governador Ronaldo Caiado (DEM), considera que essas pessoas estão vivendo em uma realidade paralela. “Totalmente desvirtuadas”, pontuou na edição desta sexta-feira (19/03) do jornal O Popular.
Caiado reitera que o governo tem buscado trabalhar em “base científica” para alcançar melhores soluções que possam colocar um fim à pandemia do novo coronavírus. “Estamos trabalhando de forma conjunta para tomarmos medidas que sejam coerentes e com base científica em todos os Estados que estão vivendo uma situação como a nossa hoje. E, ao mesmo tempo, ampliando as nossas conversações para adquirirmos vacinas. Mas sempre respeitando o Plano Nacional de Imunização”, destacou.
Enquanto o democrata afirma que tenta buscar soluções práticas para a solução do problema, tais pessoas promovem “prejuízos”. “Então, o que cabe a mim, nesta hora, é buscar aquilo que é melhor para poder poupar vidas. E não deixar com que essas pessoas, totalmente desvirtuadas de uma realidade que estamos vivendo, que o mundo inteiro está passando, tragam mais prejuízos ao nosso Estado de Goiás”, salienta.
Caiado lembra que a democracia até permite manifestações e ele trabalha para abrir leitos para que esses manifestantes possam ser atendidos, quando contaminados. “Agora, essas pessoas querem obstruir rodovias, fazer manifesto, mas prejudicando a chegada de oxigênio, por exemplo. A democracia acolhe as manifestações desde que não haja prejuízo de terceiros. Tantos outros estão fazendo carreatas, sem máscaras, sem nada, enquanto eu estou aqui tentando arrumar leitos para que essas pessoas, quando forem contaminadas, possam ser atendidas. A vida é assim”.