31 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 06/09/2021 às 12:07

Pedro Paulo acena à concorrentes para fortalecer oposição nas eleições da OAB-GO

Pedro Paulo de Medeiros, pré-candidato à OAB-GO (Foto: Reprodução/DG)
Pedro Paulo de Medeiros, pré-candidato à OAB-GO (Foto: Reprodução/DG)

O pré-candidato à presidência, Pedro Paulo de Medeiros quer reconstruir a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás e se eleito, terá apenas o próximo triênio para isso. É que o advogado criminalista se posiciona categoricamente contra a reeleição e promete abrir caminho para que faça um sucessor na entidade. “Quero deixar como marca o presidente que se preocupou com advocacia, esteve sempre presente, e o presidente que defendeu publicamente ser contra a reeleição e vai ficar apenas um mandato. Nós dizemos isso publicamente e temos de dar o exemplo”, destaca.

Em entrevista ao Diário de Goiás, Pedro Paulo disse que quer executar o que está no seu planejamento de governo e preparar um novo nome para que possa sucedê-lo depois que completar seu mandato. “O sujeito que pensa na reeleição, ele corta as asas de quem aparece, longe disso, eu quero dar oportunidade e espaço, para que daqui há três anos possamos ter vários colegas e colegas que queiram ser o próximo presidente da OAB e eu farei questão de auxiliar e dar esse espaço, ter-me sucedido por alguém e eu quero entregar a OAB muito melhor que eu recebi com o respeito e valorização da advocacia”, destacou.

Aceno a concorrentes e unificação da oposição

Medeiros garante que tem conversado com os colegas que também se postulam como pré-candidatos. “São grandes colegas e advogados. Já conversei com todos eles, gostaria que estivessem conosco, caminhando ao nosso lado, são todos muito bem vindos”, garante.

Na sua visão, o ideal é que haja uma unificação da oposição para que uma chapa forte seje construída e competitiva para que o candidato da situação seja derrotado. Por isso, ele avalia que as coisas vão afunilar e durante o período do registro de chapas, haverá apenas duas candidaturas. “Acreditamos que haverá apenas duas chapas que é o da situação e a nossa de oposição. Esperamos que os outros pré-candidatos estejam conosco unidos numa oposição unida. É como acreditamos que as coisas vão acontecer”, pontua.

VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA COM O PRÉ-CANDIDATO PEDRO PAULO DE MEDEIROS:

Gestão marcada pela pluralidade 

Pedro Paulo quer ser marcado por um presidente que conduziu a OAB de forma independente e colorida. Na sua visão a entidade não pode ser conduzida politicamente, seja “à esquerda, direita ou ao centro” e sim preocupada com o advogado. “Uma gestão plural em que vai ouvir todas as colegas e colegas, integrantes do Conselho Seccional serão ouvidos para tomada de decisão. Vamos ouvir o sentimento da sociedade, não vamos ter qualquer submissão aos poderes, nem ao Executivo, nem ao Legislativo e ao Judiciário”.

Uma das formas de estimular a advocacia jovem que em sua avaliação acabou abandonada pela atual gestão é de fortalecer a Escola Superior de Advocacia. “A ESA tem que voltar a ter cursos presenciais e práticos. Os colegas saem da Faculdade sem ter a mínima noção da vida prática da advocacia. Temos de fazer com que a ESA tenha curso de advocacia prática, mentoria ou residência jurídica para esses colegas advogados.”

Isenção da anuidade nos três primeiros anos

Dessa forma, haverá condições para que o jovem advogado que acabou de sair da faculdade possa investir na carreira e não tenha de apelar para outros setores em busca de fontes para remuneração. Para isso, pretende isentar a anuidade do recém formado. “Essa advocacia jovem que nos três primeiros anos de advocacia tem sofrido muito. Temos uma ideia de que durante os três primeiros anos nós não cobramos anuidade dessa advocacia jovem. Daremos 100% de desconto nos três primeiros anos”.

Questionado se não haverá dificuldades financeiras caso a medida fosse implementada, Pedro Paulo avaliou que as contas foram feitas. “Há um dado que poucas pessoas se atentam. Hoje já a uma gradação de desconto para os advogados nos cinco primeiros anos. A medida que eu entro até o primeiro ano de inscrição até o quinto ano eu tenho descontos gradativos, a partir do sexto ano você passa a pagar a anuidade integral que aliás é a segunda mais cara do Brasil e o colega da subseção paga o mesmo que a capital. Temos um compromisso de saber o porque que é tão cara e o que estiver ao nosso alcance faremos para diminuir. Quanto pegamos o recorte desses jovens advogados, nos três primeiros anos e damos 100% de desconto para ele, nós não impactam tanto porque ele já tem um desconto na previsão orçamentária.”

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.