O presidente do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro contou de bastidores do clube aos torcedores e revelou situações internas da tomada de decisão no clube. Em entrevista ao programa Voz da Força, o filho do Sr. Hailé Pinheiro deu a entender que, além de mandatário, agora, com a saída de Marcelo Cabo, algumas alterações na escalação do time partiram de orientação coletiva, inclusive com participação dele.
Ele explicava como se deu as mexidas do último jogo contra a Ponte Preta. Inesperada, Glauber Ramos, seu auxiliar técnico permanente, havia sacado Alef Manga para dar lugar à Wellinton, que teve uma primeira passagem marcante no esmeraldino, mas seu retorno anda um tanto apagado. A escalação causou surpresa na torcida. Mas o agora o presidente explicou os motivos.
“Optamos pela saída do (Alef) Manga para mexer com o brio dele, ele já ia entrar no 2º tempo independentemente do resultado. Achamos que ele estava um pouquinho na zona de conforto e decidimos mexer com o brio dele, porque ele é uma pessoa que é necessário trabalhar esse lado psicológico o tempo todo”, explicou o presidente utilizando a terceira pessoa do plural e indicando a decisão coletiva.
O tom da resposta denota que sua gestão no comando do Goiás vai mais além do que comandar o clube como presidente. Ele, sem querer querendo, acabou por confirmar aquilo que os torcedores já sabiam: também comanda a equipe também dentro das quatro linhas desde a saída de Cabo.
Resta saber como será o 2022. A temporada atual tem sido favorável ao Goiás. Não fosse a incompetência de outras equipes, o time esmeraldino talvez estivesse numa situação um tanto complicada. Se vão subir, as próximas rodadas dirão. O importante é dizer que o acesso que até poucas rodadas atrás, estava praticamente sacramentado não está mais.
O colunista do DG, Charlie Pereira, em último artigo ao Diário de Goiás, avalia que a “gordura” da equipe tinha acabou. A situação é crítica.
Domingos Ketelbey
Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.