O mineiro de Uberaba, Luizinho Mugstones rodou o mundo tocando sua música, mas foi Goiânia que conquistou seu coração e por aqui, decidiu que estabeleceria suas raízes. Na capital de Goiás, criou os três filhos, fez amigos e entre uma poesia e outra, também “desenhou” canções. Às vésperas do aniversário da cidade que completa 88 anos no próximo domingo (24/10), apresenta ao Diário de Goiás um ode à metrópole que vive e que por aqui pretende ficar.
“Goiânia vestida de verde você é demais, jovem linda cidade maravilha, capital de Goiás”, são os versos introdutórios do sambinha “Goiânia, menina flor”, composto por Luizinho Mugstones há mais de quinze anos, mas nunca lançada de forma oficial. “Uma parte dela chegou a ser feita para virar um jingle de uma rádio. Mas só um trechinho, a música mesmo, eu passava para os amigos e tocava nas rodinhas quando alguém pedia ‘a música de Goiânia’”, conta.
“A música é uma homenagem a Goiânia, uma cidade conhecida por ser bem arborizada, jovem comparada a outras cidades, cheia de flores. Tem ares urbanos de qualquer outra capital, mas é também bem tranquila. Gosto muito daqui. Criei meus filhos, fiz amigos, viajei todo o mundo, adoro Uberaba, cidade onde nasci e tenho boa parte dos meus familiares, mas dessa cidade aqui eu não saio mais”, revela Luiz Humberto Silveira. O nome de batismo, no entanto, fica na identidade: é Luizinho Mugstones que o faz reconhecido.
Aos 73 anos, vive em Goiânia há mais de quatro décadas e é figura conhecida nas rodas boêmias de samba da capital. Em seu estúdio no centro da cidade, chegou a gravar uma das últimas canções de Lindomar Castilho, fez amizade com o escritor Bariani Ortêncio. Além de ter gravado diversas poesias do folclorista, Luizinho Mugstones chegou a virar uma crônica publicada no Jornal O Popular e escrita por Ortêncio. “Foi um presente que Bariani me deu. Muito feliz e honrado por ter sido lembrado por ele”. O texto virou quadro exposto com muito orgulho em sua casa no Setor Aeroporto.
Ouça a música na íntegra aqui:
Domingos Ketelbey
Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.