Uma carreata saiu da Praça Cívica em direção ao Paço Municipal na manhã desta quinta-feira (25/02). Dentro dos carros, músicos insatisfeitos com o novo decreto da Prefeitura que proíbe até som mecânico em bares e restaurantes a partir de hoje. “A gente quer voltar a trabalhar. Com segurança, precisamos trabalhar”, destacou Sirlon Ramos, ao Diário de Goiás, músico e secretário da Ordem dos Músicos em Goiás.
Ramos pontuou que a classe tem sido “massacrada” pelas constantes restrições impostas a categoria. Ele alega que os músicos dão importante contribuição à economia local e se veem prejudicados com o decreto anunciado na última segunda-feira (22/02).
“Nosso intuito é sair da obscuridade e do preconceito que se tem com a nossa classe para mostrar que nós estamos aqui porque contribuímos com o PIB municipal e somos uma categoria muito importante que estamos sendo prejudicados e agora através desse novo decreto estamos sendo massacrados ainda mais a ponto de passarmos fome, que é o que tá acontecendo com muita gente da nossa classe”, destacou o músico que é baixista do cantor Amado Batista.
Ramos defende que a classe quer apenas uma “solução” para retorno seguro. “A gente foi pedir uma solução para isso. A gente voltar com segurança porque precisamos de segurança para trabalhar. Todo o segmento voltou, fomos os únicos que parou desde o começo da pandemia e até hoje não tivemos a oportunidade e nem o planejamento de voltar com segurança. É isso que a gente exige”, pontuou.
O que ficou acertado
Ao Diário de Goiás, o presidente da Ordem dos Músicos do Brasil – Seção Goiás, Emerson Biazon, destacou que foi recebido pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e os secretários de Governo, Andrey Azeredo, e de Saúde, Durval Pedroso. Biazon apresentou diretrizes para retorno às atividades musicais em bares e restaurantes.
A Ordem dos Músicos se propôs, em conjunto com a Saúde do Município realizar ações fiscalizatórias nos bares e restaurantes da cidade e elaborou uma cartilha com diretrizes para o segmento, entre os quais estão aferição de temperatura dos clientes na entrada do estabelecimento, proibição de anúncios que façam menção ao show que será apresentado.
A própria palavra show deverá ser substituída por “apresentação cultural” e o serviço de música será oferecido pelo estabelecimento como um complemento “da ambientação local”. As danças são proibidas como também a cobrança de ingressos prévios. Apenas o couvert pela apresentação, além do controle de volume da música no ambiente diminuindo de 80 para 60 decibéis.