05 de setembro de 2024
Publicado em • atualizado em 28/11/2021 às 12:02

Bolsonaro despreza Palmeiras e se dá mal “virar a casaca” torcendo para o Flamengo

Em 2015, o então deputado federal Jair Bolsonaro comemorava uma vitória do Palmeiras, no Maracanã, em cima do... Flamengo! (Foto: Reprodução/Twitter)
Em 2015, o então deputado federal Jair Bolsonaro comemorava uma vitória do Palmeiras, no Maracanã, em cima do... Flamengo! (Foto: Reprodução/Twitter)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, assim como na vida partidária, não parece ter fidelidade aos clubes que torce. Se já vai para sua décima legenda, ao escolher o PL, para disputar as eleições em 2022, o capitão da reserva também leva a mesma infidelidade para a torcida no futebol. 

Até as eleições em 2018, quando se candidatou pelo PSL, declarava torcida para o Botafogo, no Rio de Janeiro e para o Palmeiras, em São Paulo. Sequer havia menção até então, que tinha alguma afeição pelo Flamengo. Já eleito presidente, chegou a erguer a taça de Campeão Brasileiro, pelo alviverde paulista no título do torneio em 2018. 

Mas a fidelidade clubística logo virou a página ao ver um Flamengo imbatível e popular em 2019. Chegou a levar seu time de ministros para assistir os jogos do rubronegro no Brasileirão. Quem não se lembra do episódio do então ministro, já desgastado, Sergio Moro, indo de terno e gravata no Mané Garrincha? O ministro da Economia, Paulo Guedes e o vice-presidente Hamilton Mourão também marcaram presença ali.

De lá para cá, o presidente da República nunca mais mencionou o Botafogo e a vira-casaca se mostrava cada vez mais evidente, culminando com uma declaração na última sexta-feira (26/11) às vésperas do confronto entre Palmeiras x Flamengo pela final da Libertadores da América. 

“Antes de agradecer a qualquer coisa, assim como falei em 2019 e deu certo… amanhã somos todos Flamengo!”, disse Bolsonaro ao concluir um discurso na Vila Militar, no Rio de Janeiro. O desprezo por seu time de coração pode até ter rendido certa popularidade entre os rubro-negros, mas não se converteu no tão esperado título da Libertadores da América: a derrota por 2 a 1 para o Flamengo fez com que flamenguistas e o presidente-sem-fidelidade-partidaria-tampouco-clubística ficassem só no cheirinho… 

Resta saber 2022, qual o time e partido, o presidente Jair Bolsonaro tomará para si e quanto tempo durará tal fidelidade.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.