O prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo e o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos, Tarcísio Abreu estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira (14/02) na sede do órgão metropolitano em Goiânia. Na pauta: a participação do município na reformulação do transporte coletivo, que será reestruturado a partir deste ano. O Diário de Goiás já havia mostrado que o canedense estava relutante em participar e contestava os números em torno da participação que o município deveria investir.
O prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo e o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos, Tarcísio Abreu estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira (14/02) na sede do órgão metropolitano em Goiânia. Na pauta: a participação do município na reformulação do transporte coletivo, que será reestruturado a partir deste ano. O Diário de Goiás já havia mostrado que o canedense estava relutante em participar e contestava os números em torno da participação que o município deveria investir.
A dúvida podia colocar em xeque o subsídio do transporte coletivo, haja vista que Aparecida de Goiânia também contesta e já anunciou que vai entrar na Justiça para tentar derrubar a sua participação na fatia do transporte. Abreu, no entanto, convenceu Pellozo da necessidade de Senador Canedo ter participação ativa no remodelamento.
Abreu mostrou ao prefeito de Senador Canedo que duas novas linhas seriam criadas para melhorar o acesso público dos canedenses: uma linha que liga o Jardim das Oliveiras para o Terminal em Senador Canedo e outra que faz a ligação entre o Vale das Brigas e o Bairro São Francisco. Uma das reclamações de Pelozzo era o déficit de linhas que Senador Canedo tinha em detrimento a outras cidades da Região Metropolitana. Como investir 8,2% (o equivalente a uma média de 11 a 12 milhões do orçamento municipal) com esse cenário?
De acordo com o presidente da CMTC, Tarcísio Abreu, a integração formal de Senador Canedo é o pontapé inicial para as mudanças que o transporte público coletivo da região Metropolitana necessita. “Com a participação das prefeituras de Goiânia, Aparecida, Senador Canedo e do Governo do Estado já começamos a vislumbrar a possibilidade verdadeira de uma mudança efetiva como foi hoje com a implantação de duas novas linhas para Senador Canedo. Os agentes executivos estarão juntos aos agentes técnicos estudando e avaliando as melhores condições para o transporte público coletivo. Este é o cenário ideal que buscávamos há tanto tempo”.
Os olhos de quem acompanha o assunto agora se voltam à Aparecida de Goiânia. A cidade já confirmou que judicializará o assunto e contesta a forma como o Governo de Goiás coordenou o debate. Segundo o secretário de Finanças do município, André Rosa, além de não haver recursos para subsidiar o fundo a cidade não foi ouvida nos debates tocadas pelos técnicos da CMTC e do Palácio das Esmeraldas. O secretário de Governo Adriano da Rocha Lima, contesta Aparecida e diz que a cidade foi convidada para todos os encontros organizados para discutir o novo projeto, mas esteve presente apenas em um deles. “O Estado fará todo o possível para que isso não aconteça de forma alguma. É impossível prever as consequências disso caso a Prefeitura de Aparecida não arque com o que cabe a ela uma vez que ela usa deste sistema. Ela não está pagando a conta de outra pessoa é o Estado que tá pagando a conta de outros municípios além da parte que caberia a ele”, pontuou ao Diário de Goiás.
Domingos Ketelbey
Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.