LEVANTAMENTO REVELOU QUE SITUAÇÃO CAÓTICA DA SEGURANÇA PÚBLICA É RESULTADO DA FALTA DE PRIORIDADE DA ATUAL GESTÃO, QUE, EM 16 ANOS, REDUZIU PELA METADE O NÚMERO DE POLICIAIS CIVIS. ESTADO JÁ É O 4º MAIS VIOLENTO DO BRASIL
O coordenador do Plano de Governo da Coligação Amor por Goiás, Barbosa Neto, apresentou, nesta quarta-feira, 6, diagnóstico sobre o crescimento vertiginoso da criminalidade no Estado desde 1998. Em 16 anos, Goiás saltou da 18ª posição no ranking nacional da violência no País para a 4ª. Proporcionalmente, o índice goiano das taxas criminais aumentou 230,6%.
“A coordenação decidiu se manifestar porque é inadmissível a omissão diante das notícias trágicas que têm tomado os lares nos últimos tempos. É importante que fique claro a distinção do tratamento dado pelo atual governo à Segurança Pública e o tratamento que foi dado pelos governos do PMDB”, sublinhou.
Barbosa ressaltou que a violência em Goiás – pauta nos noticiários locais e nacionais – é consequência da falta de prioridade da gestão tucana. “Em 1998 o então governador Iris Rezende (PMDB) deixou o efetivo da Polícia Militar com 12.200 homens e o da Polícia Civil com 6.595. Hoje, 16 anos depois, a PM tem 11.600 e a PC, 3.140”, comparou.
Nesse período, a redução do contingente foi de 4,9% entre os militares e 52,4% entre os civis. Enquanto isso, nesse intervalo de tempo, a população goiana cresceu 35,62%. “É a prova de que o atual governador fez uma opção pelo crime. Suas escolhas e seu próprio envolvimento com organizações criminosas têm repercutido na falta de Segurança Pública no Estado”, destacou.
O coordenador apresentou inda números sobre a violência em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Em todos os casos, Goiás se destaca pelo salto na criminalidade. “Contra os números não existem argumentos. Esses dados mostram que a culpa do problema não é do Governo Federal. O Brasil, como um todo, teve um crescimento da criminalidade, neste período, de 12%. Goiás registrou um aumento de 230,6%! Muitos estados apresentaram uma redução significativa”, ressaltou.
Barbosa Neto concluiu lembrando que os órgãos responsáveis pela Segurança Pública chegaram a impedir o acesso aos dados sobre os homicídios. “Não adianta esconder, negar ou tentar transferir o problema. Precisamos resolver. Enquanto não se assume a responsabilidade, nossos irmãos e irmãs morrem à mingua nas portas de nossas casas”, defendeu, anunciando que um Plano de Governo voltado para a área será apresentado na próxima semana.
O candidato a vice-governador pelo Solidariedade (SDD), Armando Vergílio, endossou as declarações de Barbosa e reafirmou o “respeito” e “admiração” que a Coligação Amor por Goiás tem pelos policiais. “Eles fazem muito. Trabalham duro. O que queremos é dar condições dignas para este trabalho e valorizar este profissionais”, explicou.
PARTICIPAÇÃO
Participaram da apresentação do diagnóstico, além do coordenador do Plano de Governo, Barbosa Neto, e do candidato a vice-governador, Armando Vergílio, o coordenador político da campanha, Mauro Miranda (PMDB), o presidente estadual do PMDB, Samuel Belchior, o presidente estadual do SDD, Sílvio Sousa, além de representantes da categoria da polícia em Goiás.
O levantamento teve como fontes o Mapa da Violência, elaborado pelo Ministério da Justiça, que é fruto de uma série de estudos realizados pela Organização das Nacçõs Unidas (ONU), pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura(Unesco), pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA) e pelo Instituto Sangari.
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