O prefeito Sandro Mabel (UB) anunciou nesta quarta-feira (25) a demissão, até 15 de julho, de quase 700 servidores aposentados da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg), que ainda trabalhavam na empresa, segundo ele, com a garantia dos direitos trabalhistas. A medida já era prevista como parte do plano de reestruturação da companhia, com o objetivo de reduzir custos e otimizar a gestão. Faltavam os recursos.
O processo de demissão teve os últimos detalhes definidos nesta quarta durante reunião entre o prefeito e o presidente da Comurg, Cleber Aparecido Santos.
“O cronograma de desligamento prevê o pagamento do FGTS em atraso da gestão anterior, referente ao período de outubro de 2022 a dezembro de 2024, para os próximos dias. Já a data dos desligamentos está prevista para a primeira quinzena de julho, seguido pelo pagamento das verbas rescisórias e multas, encerrando-se com a homologação junto ao sindicato”, divulgou a Secretaria de Comunicação da Prefeitura.
Em entrevista à Tv Anhanguera, Mabel confirmou que já há fonte para os acertos dos 671 servidores na lista da dispensa. A Secretaria de Fazenda vai repassar para a comurg cerca de R$ 50 milhões para pagar os direitos trabalhistas – verbas indenizatórias dos servidores que serão dispensados. Ou seja, a promessa é de que os funcionários demitidos receberão todos os direitos garantidos.
Esse enxugamento visa uma economia na cifra de milhões por mês nos gastos da Comurg e vem sendo estruturado desde que o prefeito tomou posse. Além da medida, a Companhia já havia implementado outras estratégias para enxugar a folha de pagamento, como um programa de demissão voluntária.
“Essas pessoas são pessoas com muita idade, que já estão aposentadas há muito tempo, que não estavam mais realmente trabalhando. São pessoas que não têm nem mais condições de trabalho. São quase 700 pessoas nessas condições”, afiançou Mabel.
O prefeito disse que fez um acordo com o Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Publica e Ambiental, Coleta de Lixo e Similares do Estado de Goiás (SEACONS) para viabilizar a quitação dos direitos trabalhistas. Ele se referia ao pagamento dos quinquênios aos servidores e novas regras para o benefício. O acordo busca evitar novas ações judiciais e eliminar o risco de passivos trabalhistas futuros, garantindo o equilíbrio financeiro da empresa.
“Nós fizemos de uma forma que [a Comurg] possa pagar os direitos todos dessas pessoas. [E] ajustes que precisam ser feitos lá dentro, que geram para ela [Comurg] também, R$ 4 milhões por mês, R$ 40 milhões em 12 meses”.
Leia mais sobre: Comurg / Demissão / Servidores aposentados / Cidades / Goiânia

