O novo Conselho de Administração da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) foi aprovado nesta sexta-feira (7) e dará início a uma ampla reformulação na estrutura da empresa. Entre as principais medidas, estão a criação de um novo plano de cargos e a redução significativa do número de comissionados, que passará a ser de 115 – bem abaixo dos cerca de 800 registrados em 2024.
Além disso, a Companhia prepara um novo organograma que prevê a extinção de diversos cargos de superintendência e gerências, como parte do processo de reestruturação e austeridade financeira. O conselho, que contará com representantes do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo), da Saneago e dos servidores da Comurg, terá a seguinte composição:
- Gustavo Pereira da Costa – Presidente
- Lilian Carla Giovanuci – Representante dos empregados
- Letícia Luiza Melo Carneiro – Representante do Ipasgo
- Elias Evangelista Silva – Representante da Saneago
- André Henrique Avelar
- Ricardo A. Mendes
- Wilson Gamboge Júnior
- Murilo Marques de Souza
Em entrevista coletiva, o prefeito Sandro Mabel destacou: “Reduzimos significativamente o número de gerências e também fizemos ajustes importantes na estrutura da companhia. Se compararmos o desempenho deste ano com o do ano passado, podemos ver que, apenas no mês de janeiro, conseguimos uma redução de treze milhões na folha de pagamento, e essa tendência deve continuar nos próximos meses”, afirmou completando:
Estamos cumprindo as determinações do Tribunal de Contas e também as ordens da Justiça. Estamos ajustando a empresa em diversos pontos, corrigindo problemas de gestão que existiam, e esperamos que até dezembro a companhia esteja plenamente regularizada e funcionando de maneira eficiente.
As mudanças fazem parte do plano de recuperação da Comurg, iniciado na atual gestão com foco na modernização da empresa e na contenção de gastos. Na semana passada, ao Diário de Goiás, a Companhia adiantou que estava em curso “a elaboração de um novo Plano de Cargos e Salários, para cumprir com a ideia de economicidade e readequação financeira da empresa” e para que haja demissões, “é preciso pagar aos servidores (CLTs) o que é de direito”.
Transparência na Comurg
Em sua fala Mabel afirmou que a Companhia está empenhada em demonstrar total transparência em relação às suas operações. “Então, nós vamos fechar 2023 e 2024, organizar esses dados e dar transparência. Não tem nada que nós não possamos mostrar”, disse Mabel, destacando que o processo de transparência será feito de forma organizada e estratégica. Ele também enfatizou a importância de melhorar a gestão interna da Comurg, com foco na eficiência e na correta aplicação de recursos. “O que eu preciso entender é que hoje a Comurg é uma companhia que busca ser eficiente, poder corretamente, não ter nenhum tipo de desvio”, afirmou.
Mabel também abordou a necessidade de mudanças significativas dentro da companhia, deixando claro que não basta apenas mudar o nome da empresa, mas sim transformar sua cultura e a forma de operação. “Não adianta mudar o nome, você tem que mudar o jeito de agir da companhia. É o que nós estamos fazendo”, explicou.
Ele também ressaltou que a reformulação da Comurg envolve desde a melhoria nos processos mais simples, como a varrição das ruas, até a adoção de metas claras e rigorosas para todos os aspectos da gestão, incluindo os gastos. “Estamos fazendo com muita atenção, com muito rigor. Essa é a determinação nossa”, concluiu, destacando a importância da visão de rigorosidade para garantir o bom funcionamento da companhia.
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