17 de março de 2025
CORTE RADICAL

Mabel confirma plano de demitir até 2,5 mil funcionários da Comurg

Prefeito não detalhou processo de desligamento, mas confirmou que meta é cortar todos os aposentados e os que estão “sem trabalhar” ou à disposição
Mabel confirma mais demissões na Comurg - Foto: arquivo / Diário de Goiás
Mabel confirma mais demissões na Comurg - Foto: arquivo / Diário de Goiás

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), confirmou nesta quarta-feira (12) que o número de demissões na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) pode chegar a 2,5 mil. Isso somando aposentados e funcionários que estariam sem trabalhar ou a disposição de outros órgãos – número que já ultrapassou 1,4 mil no ano passado, mas com ônus aos órgãos de cessão.

Atualmente, cerca de 1,2 mil são aposentados que ainda prestam serviço na companhia. E cerca de 1,3 mil estariam “sem trabalhar”, segundo o prefeito. Eles estão entre os cerca de 6,6 mil funcionários da Comurg, que custam mensalmente cerca de R$ 30 milhões em salários – valor de janeiro último.

Perguntado pelo editor-geral do Diário de Goiás, jornalista Altair Tavares sobre os acertos trabalhistas envolvidos durante evento que lançou mutirão nesta quarta, Mabel confirmou as dispensas, mas negou que elas vão ocorrer sem os acertos das rescisões. “Não é assim. Temos os aposentados que já estão acertados. [O acerto] tem a ver com os que não trabalham”, apontou.

Ele se referia também à informação de que as demissões ocorrerão aos poucos e sem necessidade de aumento do aporte de R$ 100 milhões previstos para os acertos trabalhistas, divulgada pelo jornal O Popular nesta quarta.

O prefeito tem estimado que os cortes realizados e a execução do plano para equilibrar as contas neste primeiro semestre, serão suficientes para que a companhia tenha recursos suficientes para as demais despesas ao longo dos próximos meses.

Demissões confirmadas por Mabel devem ser pela metade na Comurg

Com os cortes, a intenção é que a Comurg passe a ter 3 ,5 mil servidores, o que reduziria em R$ 10 milhões a folha de pagamento. 
 

Além de manter o plano de enxugar a folha da Comurg, Mabel reforçou que vai ser o mesmo com outros órgãos. “Quem não trabalha não vai ficar na prefeitura inteira. Vai ter ponto eletrônico para aplicar. As pessoas não podem achar que o serviço público é para não trabalhar. Quem fez concurso para médico, engenheiro, gari, seja o que for, a pessoa tem que trabalhar aquelas horas que foram contratadas. Na Comurg vai ser o mesmo caso, tem muitos que não trabalham há muitos anos. Ou estão trabalhando para os outros. Não vamos ficar pagando essa fortuna mensal para as pessoas não trabalharem”, declarou.


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