A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) anunciou uma redução de R$ 6.685.819,74 na folha salarial do primeiro mês de gestão, em 2025. A divulgação dos dados nesta quinta-feira (6), destacou que eles “refletem a política de economicidade e readequação da empresa, implementada pelo prefeito Sandro Mabel e pelo presidente da Companhia, coronel Cleber Aparecido Santos”.
O enxugamento ocorreu a partir de medidas adotadas logo no início da atual gestão, como as 412 demissões de cargos comissionados. Só essa medida gerou economia de R$ 3 milhões.
Além dela, para a redução da folha a Comurg implementou a supressão de cargos de chefia e extinção de gratificações. Nesse ponto, conforme o balanço divulgado, foi gerada economia de R$ 115 mil de cargos de chefia e R$ 1, 4 milhão de gratificações na folha salarial de janeiro.
Outra medida, a extinção de comissões remuneradas, causou a redução em R$ 248,5 mil. Ao todo, a folha de pagamento de janeiro deste ano custou R$ 30,2 milhões, chegando a uma redução de 29,5% comparada a janeiro de 2024, em que a folha custou R$ 42,8 milhões.
Corte dos quinquênios
Ao divulgar os dados, a Comurg destacou que “uma das mudanças mais significativas foi o recálculo dos quinquênios concedidos, um atendimento à determinação por decisão em caráter liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que passou a considerar apenas a base salarial”.
Com o corte, de R$ 4,4 milhões previstos, foram concedidos R$ 2,5 milhões em quinquênios na folha quitada em janeiro. Ou seja, uma redução de 41,7% em relação ao que seria desembolsado caso não fosse feito o recálculo. “Para se ter noção, de forma comparativa, no mês de novembro de 2024, a companhia pagou R$ 4.856.415,77 em adicionais por tempo de serviço”, exemplificou a companhia.
A medida, entretanto, foi alvo de revolta de trabalhadores da Comurg nesta quinta-feira, como mostrou o Diário de Goiás.
Além disso, o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Pública e Ambiental (Seacons), que representa a categoria, informou que vai recorrer do corte nos benefícios agora que ele se materializou. O Sindicato havia estimado o corte em torno de 20% a 40% na folha de pagamento, a depender do tempo de trabalho e remuneração de cada funcionário da Comurg com a suspensão dos quinquênios.
Outros números
Os resultados financeiros da nova gestão também indicam a redução em comparação aos últimos meses de 2024. Foram pagos R$ 38.939.007,19 em outubro (-22,3%), R$ 43.244.966,98 em novembro (-30,1%) e R$ 50.430.184,15 em dezembro (-40%), O último mês do ano não foi pago pela gestão anterior, sendo quitado no dia 8 de janeiro, já pela administração atual.
Com essas medidas, a Comurg demonstra um compromisso com a readequação financeira e a melhoria da eficiência dos recursos públicos, o que sinaliza um novo rumo para a gestão da companhia. “Nosso objetivo é garantir que a Comurg cumpra plenamente sua missão institucional, com boas práticas de gestão e a garantia da fiscalização dos recursos e do patrimônio público”, pontua Cleber Aparecido Santos.
Nova diretoria
Desde que assumiu a gestão municipal, o prefeito Sandro Mabel determinou uma série de ações para a redução dos supersalários na Companhia. Dentre as iniciativas de austeridade, a alta gestão da Comurg passou a ser composta por cinco militares da reserva, que foram orientados por Mabel a reorganizar a empresa, tornando-a eficiente e economicamente viável.
Integram a equipe o Coronel Cleber Aparecido Santos (presidente); Coronel André Henrique Avelar (diretor administrativo e financeiro); Coronel Milson José Campos (chefe de gabinete da presidência); Coronel Cleomar de Carvalho Santana (chefe de controle interno); e o coronel Giuliano de Eustáquio Borges (corregedor).
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