16 de março de 2025
RESULTADO DOS CORTES

Gestão Mabel comemora redução de R$ 6,6 milhões na folha salarial de janeiro da Comurg

Medidas foram adotadas por determinação do prefeito Sandro Mabel, como recálculo dos quinquênios, demissões de comissionados, supressão de cargos de chefia
Cortes de comissões, chefias e quinquênios foram determinadas pelo prefeito - Fotomontagem: Secom/arquivo
Cortes de comissões, chefias e quinquênios foram determinadas pelo prefeito - Fotomontagem: Secom/arquivo

A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) anunciou uma redução de R$ 6.685.819,74 na folha salarial do primeiro mês de gestão, em 2025. A divulgação dos dados nesta quinta-feira (6), destacou que eles “refletem a política de economicidade e readequação da empresa, implementada pelo prefeito Sandro Mabel e pelo presidente da Companhia, coronel Cleber Aparecido Santos”.

O enxugamento ocorreu a partir de medidas adotadas logo no início da atual gestão, como as 412 demissões de cargos comissionados. Só essa medida gerou economia de R$ 3 milhões.

Além dela, para a redução da folha a Comurg implementou a supressão de cargos de chefia e extinção de gratificações. Nesse ponto, conforme o balanço divulgado, foi gerada economia de R$ 115 mil de cargos de chefia e R$ 1, 4 milhão de gratificações na folha salarial de janeiro.

Outra medida, a extinção de comissões remuneradas, causou a redução em R$ 248,5 mil. Ao todo, a folha de pagamento de janeiro deste ano custou R$ 30,2 milhões, chegando a uma redução de 29,5% comparada a janeiro de 2024, em que a folha custou R$ 42,8 milhões.

Corte dos quinquênios

Ao divulgar os dados, a Comurg destacou que “uma das mudanças mais significativas foi o recálculo dos quinquênios concedidos, um atendimento à determinação por decisão em caráter liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que passou a considerar apenas a base salarial”.

Com o corte, de R$ 4,4 milhões previstos, foram concedidos R$ 2,5 milhões em quinquênios na folha quitada em janeiro. Ou seja, uma redução de 41,7% em relação ao que seria desembolsado caso não fosse feito o recálculo. “Para se ter noção, de forma comparativa, no mês de novembro de 2024, a companhia pagou R$ 4.856.415,77 em adicionais por tempo de serviço”, exemplificou a companhia.

A medida, entretanto, foi alvo de revolta de trabalhadores da Comurg nesta quinta-feira, como mostrou o Diário de Goiás.

Além disso, o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Pública e Ambiental (Seacons), que representa a categoria, informou que vai recorrer do corte nos benefícios agora que ele se materializou. O Sindicato havia estimado o corte em torno de 20% a 40% na folha de pagamento, a depender do tempo de trabalho e remuneração de cada funcionário da Comurg com a suspensão dos quinquênios.

Outros números

Os resultados financeiros da nova gestão também indicam a redução em comparação aos últimos meses de 2024. Foram pagos R$ 38.939.007,19 em outubro (-22,3%), R$ 43.244.966,98 em novembro (-30,1%) e R$ 50.430.184,15 em dezembro (-40%), O último mês do ano não foi pago pela gestão anterior, sendo quitado no dia 8 de janeiro, já pela administração atual.

Com essas medidas, a Comurg demonstra um compromisso com a readequação financeira e a melhoria da eficiência dos recursos públicos, o que sinaliza um novo rumo para a gestão da companhia. “Nosso objetivo é garantir que a Comurg cumpra plenamente sua missão institucional, com boas práticas de gestão e a garantia da fiscalização dos recursos e do patrimônio público”, pontua Cleber Aparecido Santos.

Nova diretoria

Desde que assumiu a gestão municipal, o prefeito Sandro Mabel determinou uma série de ações para a redução dos supersalários na Companhia. Dentre as iniciativas de austeridade, a alta gestão da Comurg passou a ser composta por cinco militares da reserva, que foram orientados por Mabel a reorganizar a empresa, tornando-a eficiente e economicamente viável.

Integram a equipe o Coronel Cleber Aparecido Santos (presidente); Coronel André Henrique Avelar (diretor administrativo e financeiro); Coronel Milson José Campos (chefe de gabinete da presidência); Coronel Cleomar de Carvalho Santana (chefe de controle interno); e o coronel Giuliano de Eustáquio Borges (corregedor).


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