11 de agosto de 2024
Informativo

Júnior Friboi sobre Caiado: “Fui na casa dele, levei uma contribuição grande”

Que o senador Ronaldo Caiado (DEM) é conhecido pelo duro discurso que faz contra seus opositores e frequentemente é questionado pelas suas posições. Caiado e Friboi tem uma relação conflituosa, no curso da história política.

Mas o registro histórico dos fatos já mostrou situações de aproximações e distanciamento. Em meio à crise da delação premiada dos irmãos da JBS, Caiado soltou o verbo por conta das delações dos irmãos Batista, circularam na internet matérias publicadas na imprensa em que José Batista Júnior, o Júnior da Friboi, relata ter dado, na casa dele, uma “contribuição grande para a campanha de Caiado para o Governo de Goiás, em 1994.

“Contribuí com ele na campanha. Fui na casa dele, levei uma contribuição grande”, disse Júnior ao jornal O Popular em 2010, ano em que ele – um dos fundadores da JBS e irmão de Wesley e Joesley – se filiou a partido político com a intenção de entrar para a política. A declaração completa de Júnior do Friboi é: “Não tenho nada contra o Caiado. Admiro muito ele, inclusive ele foi fornecedor nosso (da JBS), ele é pecuarista. A base política dele foi da União Democrática Ruralista – UDR, fundada em 1986). Ele cometeu um equívoco, fez o maior leilão, acho, do Brasil, foi em Brasília, para arrecadação (de recursos) para defender os direitos ruralistas. Nós participamos disso”, disse Júnior.

O empresário prosseguiu: “E depois ele desviou o foco para ser candidato à Presidência da República. Quando ele foi candidato a governador do Estado, contribuí com ele na campanha. Fui na casa dele, levei uma contribuição grande para ele na época”. Para bom entendedor, meia palavra basta. Levar uma contribuição grande para a casa de alguém é, em português claro, transportar dinheiro vivo e não declarado para fazer caixa 2 de campanha, quem sabe para uso extra. Simples assim.

Apesar de, no dia anterior, Júnior ter sido violentamente atacado pela de Caiado, também em O Popular, Júnior se mostrou paciente. Mas fez uma revelação: o hoje senador não tem uma vida nem um pouco modesta, a ponto de precisar de um grande abatedouro para dar conta de sua produção de gado de corte. “Nós abatemos o gado dele sempre que nos deu preferência. Respeito o Ronaldo muito. Agora, acho que isso (as críticas) deve fazer parte da estratégia política dele. Porque no fundo não acredito que ele queira me prejudicar. Ele tem de ter uma história para contar e a história é defendendo o produtor”, disse Júnior, que em 2014 tentou ser candidato a governador pelo PMDB, mas acabou preterido por Iris Rezende.

No dia seguinte, Caiado voltou aos ataques ao empresário da carne, que abatia seu gado: “A entrada de Júnior do Friboi na política é a desmoralização do processo político eleitoral em Goiás. Ele acha que se impõe pelo dinheiro. Sempre combati Júnior do Friboi, sanguessuga do produtor rural. Júnior do Friboi não tem condições de ser empresário muito menos político. Aqui tem um pouco do que é Júnior do Friboi, o rei do cartel”, disse o hoje senador.


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