SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A JBS mudou o modelo de comercialização na compra de gado. A empresa comunicou aos pecuaristas de algumas regiões que não está mais fazendo pagamentos à vista pelo gado adquirido, mas apenas a prazo.
O produtor tinha a opção de vender a prazo ou à vista, mas, agora, só terá a primeira opção em regiões onde existem apenas unidades frigoríficas da JBS.
A comercialização de gado, quando feita a prazo, tem o pagamento em 30 dias.
A mudança de atitude da empresa vai levar mais pecuaristas para os pequenos e médios frigoríficos. E essa tendência deve ser intensificada se a Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso) conseguir ser atendida pelo governo do Estado em duas reivindicações dos pecuaristas.
Em uma delas, a Acrimat quer que o governo de Mato Grosso, principal produtor de carne bovina do país, adira ao Sisbi (Sistema de Inspeção de Produtos de Origem Animal).
O órgão padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e a segurança alimentar.
Luciano Vacari, diretor-executivo da Acrimat, diz que, com isso, as carnes com inspeções municipal, estadual ou federal poderiam ser comercializadas no país todo.
O objetivo dessa equiparação é elevar o padrão das inspeções municipais e estaduais às da esfera federal. Essa equiparação dos serviços nas três esferas abriria mais espaço para os pequenos e os médios frigoríficos, acrescenta. “É um fortalecimento da comercialização regional.”
Outro pedido da Acrimat para o governo é a isenção de ICMS (hoje em 7%) para a transferência de gado em pé do Estado para outras unidades da Federação.
A arroba de boi gordo foi negociada a R$ 136,4 nesta terça-feira (23), segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Ao registrar esse patamar, a arroba perdeu 2% de valor no mês.
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