A gestão moderna e eficiente dos serviços públicos em Goiás, especialmente na área da Saúde, tem feito o cidadão goiano optar pelo atendimento oferecido por entidades mantidas pelo Estado. A nova realidade foi destaque em reportagem publicada hoje pelo jornal Valor Econômico, que evidencia os resultados positivos da substituição da administração direta pela gestão compartilhada com Organizações Sociais nos hospitais administrados pelo Estado.
Em entrevista ao portal econômico, o superintendente do Tesouro de Goiás, Oldair Marinho, explicou porque a população não apenas vem recorrendo mais aos serviços públicos nos últimos três anos, como preferindo o atendimento feito por entidades mantidas pelo Estado. “Nós pagamos entre quatro e cinco vezes mais do que a tabela SUS. A assistência melhorou e os cidadãos estão procurando esses hospitais cada vez mais”, afirmou.
O Valor Econômico apontou que em 16 estados a despesa com saúde avançou mais que o total dos gastos nos últimos dois anos. Segundo o jornal, em Goiás, entre 2014 e 2016 as despesas cresceram 1,3%, enquanto os gastos com saúde avançaram 16%, para R$ 3,19 bilhões, 2% acima da média nacional. Assim, a participação da rubrica na despesa total avançou de 12,8% para 14,7%.
Segundo Oldair Marinho, o impacto do aumento nas contas do Estado foi equilibrado pelas medidas de austeridade colocadas em prática pelo governador Marconi Perillo nos últimos anos. Ele ressaltou a redução no número de secretarias, de 18 para 10; os cortes de milhares de cargos comissionados; e a contratação de consultorias para que os recursos disponíveis fossem usados de maneira mais eficiente.
Dessa forma, destacou o Valor Econômico, mesmo diante de um cenário de queda expressiva de receitas, o governo de Goiás apurou superávits tanto em 2015 quanto em 2016, de R$ 6,6 milhões e de R$ 1,04 bilhão, respectivamente, depois de registrar déficit primário de R$ 680 milhões em 2014.
Um indicador que os Estados acompanham de perto, acrescentou Marinho, é a relação entre as despesas de Saúde (neste caso, apenas aquelas sob responsabilidade do Estado, excluídos os gastos do SUS e com inativos) sobre a receita líquida de impostos e de transferências constitucionais. Por lei, o percentual mínimo de aplicação de recursos deve ser de 12% do total.
O Valor Econômico ressaltou ainda que, em Goiás, o Governo Estadual procura variar pouco esse nível, que passou de 12,1%, em 2014, para 12,03% em 2016, garantindo, dessa forma, o equilíbrio com as despesas totais e a eficaz distribuição de investimentos para as demais áreas do Estado.
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