18 de novembro de 2024
Audiência de custódia

Preso, ex-comandante da PMDF diz que não houve “facilitação”  para atos golpistas

Coronel Fábio Augusto Vieira foi preso no último dia 10 após decisão do ministro Alexandre de Moraes
Coronel Fábio Augusto Vieira (Foto: Divulgação/Governo do DF)
Coronel Fábio Augusto Vieira (Foto: Divulgação/Governo do DF)

Durante audiência de custódia na última quarta-feira (11), o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o coronel Fábio Augusto Vieira que foi preso no último dia 10 após decisão do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), negou que ocorreu algum tipo de ”facilitação” para os golpistas que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

Durante audiência o coronel disse que esteve presente no local e a operação foi feita de acordo com as informações que o comando havia recebido. ”Eu era o comandante-geral da Polícia Militar e havíamos recebido a informações da área de inteligência , inclusive de outros órgãos, e tudo apontava para um ato pacífico”, disse, e ainda completou “não houve da nossa parte facilitação para que os atos ocorressem”.

Fábio já havia sido afastado pelo interventor federal Ricardo Capelli. Membros do governo federal e do poder judiciário tem alegado que as forças de segurança pública do Distrito Federal foram negligentes diante das manifestações que culminaram nos atos de degradação em Brasília no domingo. Desde sexta-feira, a mensagem nos grupos bolsonaristas do WhatsApp e Telegram era de que a ideia dos terroristas era “tomar o poder”.

Enquanto os terroristas quebravam a sede dos 3 Poderes, agentes da segurança pública que fizeram a escolta dos bolsonaristas a Esplanada dos Ministérios, estavam tomando água de coco e nada fizeram para impedir que o desastre avançasse.

Diante do comportamento prévio dos manifestantes que já estavam em Brasília e daqueles que começaram a chegar a partir de sexta-feira, a percepção foi de que a segurança pública do Distrito Federal agiu com leniência e foram negligentes.

As forças de segurança começaram a atuar apenas após o presidente Lula (PT) decretar intervenção federal, quando a tragédia já havia avançado.


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