A Polícia Técnico-Científica, da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), divulgou nesta terça-feira (20) o balanço das atividades realizadas de janeiro a novembro deste ano no Instituto de Medicina Legal Aristoclides Teixeira e Instituto de Criminalística Leonardo Rodrigues, além dos 14 Núcleos Regionais em todo o estado. De acordo com a superintendente, Rejane Barcelos, a contratação de 230 novos policiais técnico-científicos, o que elevou o efetivo em quase 70%, além de outros investimentos, possibilitou dobrar a quantidade de análises em vários laboratórios e triplicar os serviços. “Devemos isso à sensibilidade do governo que fez o chamamento dos concursados e investiu em aquisição de insumos e equipamentos”, afirma.
O incremento de pessoal a partir do segundo semestre deste ano resultou no aumento substancial de trabalho nos diferentes laboratórios do Instituto de Criminalística, no Instituto Médico Legal e também nos núcleos regionais da Polícia Científica. O IML realizou 9.544 exames de lesão corporal; 6.221 exames cadavéricos; e 2.836 exames de prática sexual delituosa. Outros 32.644 exames de corpo de delito foram feitos em presos, de janeiro a novembro deste ano.
Segundo Rejane Barcelos, a Polícia Técnico-Científica trabalha para fortalecer os inquéritos com provas materiais inseridas no laudo pericial após análise científica. As mudanças realizadas em 2016, com a chegada nos novos policiais técnico-científicos, permitiram atender melhor às demandas em todo o estado.
“As análises de drogas, realizadas em Goiânia e em Porangatu, já estão sendo feitas dentro do inquérito e em pouco tempo estaremos liberando os laudos de todas as análises dentro do prazo previsto”, destacou. As contratações possibilitaram, ainda, segundo Rejane Barcelos, descentralizar as análises de balística, que eram feitas apenas em Goiânia. “Agora elas são feitas na capital e em Luziânia, cuja equipe foi reforçada este ano”, disse.
Rejane Barcelos informa que, dos novos contratados, 55 são médicos legistas, 29 são auxiliares de autopsia e 121 são peritos criminais. Segundo ressaltou, em todas as unidades da Superintendência de Polícia Técnico-Científica, o atendimento é em regime de plantão, diuturnamente. “A Superintendência espera para janeiro a nomeação do restante dos servidores concursados para que possamos fortalecer ainda mais a Polícia Científica e efetivar todas as respostas no inquérito policial, o que permitirá a punibilidade rápida dos criminosos”, acentuou.
Além do fortalecimento das equipes em todos os núcleos existentes, a Polícia Científica ganhou este ano mais uma unidade de Medicina Legal, com a inauguração do IML de Aparecida de Goiânia, pelo governador Marconi Perillo e pelo vice-governador José Eliton, em novembro. Até então, o IML de Goiânia atendia 34 municípios no raio de 100 quilômetros. Com a nova unidade, Goiânia ficou responsável pelo atendimento a 19 municípios e Aparecida ficou com 15 municípios, resultando em maior celeridade nos trabalhos.
Produtividade foi a maior da história
Dentre as diversas ações recordes por parte da Superintendência de Polícia Técnico-Científica constam mais de 6 mil veículos periciados; um aumento de 40% em relação ao ano de 2015. Foram feitas 2.839 análises instrumental em amostras e emitidos 2.193 laudos; um aumento de 61% em relação ao ano anterior. O laboratório de Biologia Forense conseguiu analisar 6.223 amostras e emitir 1.487 laudos em 2016; um aumento de mais de 100% em comparação com o ano passado.
No laboratório de Balística Forense, foram realizadas 8.428 caracterizações; um volume 7 vezes maior com a entrada dos novos peritos. Outras 3.302 armas e munições foram confrontadas pelo laboratório; um aumento de mais de 100% se comparado com o ano passado. Ainda no laboratório de Balística Forense, foram realizados 30.962 exames de funcionamento de armas de fogo; numa resposta que foi triplicada no segundo semestre com a chegada dos novos peritos.
Na Seção de Drogas, os peritos criminais emitiram mais de 20.000 laudos de constatação e identificação de drogas, o que significou um aumento de 44% em relação ao ano anterior. No laboratório de Toxicologia Forense, foram analisadas 1.192 amostras e emitidos 766 laudos, num aumento de mais de 100% se comparado com o mesmo período no ano de 2015. Em Merceologia, Autenticidade e Vistoria Forense, os peritos criminais realizaram análises em 2.852 amostras.
Outra atividade que registrou o dobro de produtividade em relação ao ano de 2015 foi a de Perícias Externas. Nessa atividade, a Superintendência de Polícia Técnico-Científica registrou 14.413 laudos expedidos de janeiro a novembro deste ano. O laboratório de DNA Forense conseguiu triplicar a resposta às demandas no segundo semestre com a chegada dos novos peritos. Mais de 6 mil procedimentos laboratoriais foram realizados até novembro.
Na Papiloscopia Forense, o aumento da produtividade foi de 100% em relação ao ano passado. Os peritos analisaram 3.558 objetos e emitiram 701 laudos. No de Documentoscopia Forense, o aumento foi de 43% em relação ao ano anterior, com 2.348 documentos periciados e 667 laudos emitidos este ano.
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