19 de novembro de 2024
Informativo

Novo secretário afirma que Segurança Pública se resolve com gestão científica

A gestão eficiente e científica da área de Segurança Pública é a solução para a redução nos índices de violência e criminalidade no país. A afirmação é do novo secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Estado de Goiás, Ricardo Balestreri, apresentado à imprensa na manhã desta sexta-feira (24) pelo governador Marconi Perillo, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

“É preciso que haja gestão científica da Segurança Pública. Ciência aplicada. O que reduz crime e violência? É a gestão científica da Segurança Pública”, afirmou o novo secretário. Balestreri foi secretário Nacional de Segurança Pública e tem longa carreira dedicada à formação e qualificação dos profissionais da segurança. É reconhecido por defender de forma veemente a valorização dos policiais.

Segundo ele, um dos principais caminhos para atingir a excelência na área em Goiás será o que chamou de “Saturação Eletrônica”: utilizar todo o aparato de inteligência disponível no país, como videomonitoramento, banco de dados, cadastros já existentes, aplicativos virtuais etc, além do domínio sobre todas as ferramentas de internet e aparato tecnológico, tanto para solucionar quanto para evitar crimes.

“A partir do uso dessas tecnologias, se consegue maior efetividade na resolução das questões de segurança. As redes de inteligência são fundamentais”, disse. Ao responder questionamentos de jornalistas, Ricardo Balestreri citou um dado alarmante: o Brasil gasta em média R$ 100 bilhões por ano com mortes e internações por conta da criminalidade.

Ele afirmou que terá pela frente como principais desafios a redução dos índices de homicídios e de furtos e roubos e a construção de um modelo de Segurança Pública que faça o Estado avançar na área. “Goiás é um Estado paradigmático. O que se faz aqui repercute nos outros setores. Temos pela frente o desafio de um modelo de liderança e valorização dos operadores de Segurança Pública em meio ao povo. Por exemplo, quanto mais nós ouvirmos os agentes prisionais, mais informações nós vamos ter”, ponderou.

O novo secretário criticou o sistema prisional brasileiro como ultrapassado e se referiu aos presídios existentes no país como “caixas de perversidades” herdadas de décadas de má gestão da área. Ele ressaltou que, à frente da pasta, não será leniente, mas buscará punir de forma eficaz cada tipo de preso. Antecipou, inclusive, que realizará mutirões em parceria com os poderes Executivo, Judiciário e Ministério Público para reavaliar a situação dos presídios e dos presidiários.

“Não sou um sujeito com visão romântica do sistema prisional. Precisamos ser mais duros e rigorosos com os criminosos, que representam perigo à sociedade, e mais recuperatórios e dar mais oportunidades de recuperação à grande massa prisional que tem recuperação e que poderia se recuperar, mas não no âmbito prisional atual como o brasileiro. A maior parte dos presos é recuperável”, atestou.

Outro ponto levantado por Ricardo Balestreri foram os custos com a gestão da área. Ele afirmou que é completamente possível gerir a Segurança Pública sem precisar de muitos recursos. E garantiu que não aceitou o convite para assumir a Pasta sob a “perspectiva messiânica”.

“Basta que tenhamos soluções inovadoras. Nós precisamos trabalhar com o mundo real. Precisamos fazer o melhor possível com os recursos que temos. Temos que lutar para aumentar o volume de recursos, mas essa é uma luta do país inteiro. Com recursos escassos, nós podemos fazer muita coisa incrementando as parcerias, principalmente as público-privadas”, sugeriu.

Acompanharam a apresentação do novo secretário o vice-governador José Eliton, o secretário interino de Segurança Pública, Coronel Edson Costa, o secretário da Casa Civil, João Furtado, outros seis ex-secretários de Estado de Segurança Pública que já passaram pela pasta, entre outras autoridades.


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