Nomeada para o cargo de reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG) pelo Ministério da Educação, a professora Angelita de Lima, terceira indicada pela lista tríplice da instituição, afirma que irá enfrentar tal desafio e defender o projeto da Universidade. Para isso, a profissional destaca, embora com demonstração de tristeza pelo ato em que a comunidade acadêmica avalia como antidemocrático e autoritário, o apoio institucional ao exercício do cargo.
Em entrevista ao Jornal Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, a atual diretora da faculdade de informação e comunicação da UFG salientou que a lista tríplice, composta também pelas professoras Sandramara Chaves e Karla Emmanuela, defendeu um projeto vitorioso, que deve ser mantido. “Assumir a reitoria é um compromisso com esse projeto”, frisou. “É público e notório que a equipe que fez a campanha e defende esse projeto pertence à Universidade e não vai sair da instituição”, salientou.
Angelita ressaltou o comprometimento da Universidade, com a afirmativa de que o ato antidemocrático do governo federal deve ser denunciado. “Nós não podemos normalizar isso e virar a página. É uma pauta que nós não poderemos abandonar em nenhum momento daqui pra frente”, enfatizou, com a ressalva de que o fato de o primeiro nome eleito não ter sido escolhido se trata de algo inédito na UFG.
“A universidade preza e respeita os resultados. Por isso mesmo, na lista tríplice, quem submete um projeto à consulta e não é aprovado, não se inscreve na lista tríplice. A universidade mantém essa tradição há mais de 30 anos”, salientou a profissional, com a afirmativa, entretanto, de que a instituição irá enfrentar tal conjuntura com prudência. “Vamos enfrentar de forma muito prudente e vamos dar as respostas que serão cobradas de nós”.
União
Angelita destacou, ainda, a necessidade da união da comunidade acadêmica, neste momento, com o intuito de superar os desafios apresentados. “O que precisamos é realmente manter a Universidade unida e unificada em torno desse projeto”, disse. “Unificada, mas não calada, denunciando que esse é um processo que violenta e ataca a autonomia da Universidade”, acrescentou a profissional, com a ressalva de que a UFG é uma universidade inclusiva, protagonista de políticas públicas e ensino de qualidade.
Reitora em exercício, a professora Sandramara, escolhida pela comunidade acadêmica em consulta, permanece no cargo até o próximo sábado, dia 15. Ainda não há informações a respeito da data de posse da nova gestão.
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