O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) recomendou ao presidente da Câmara Municipal de Iporá, Adriano Sena Silva (MDB), que dê posse “imediata” à vice-prefeita do município, Maysa Cunha (PP). O pedido se deu após a cidade do Oeste goiano ficar dias sem ninguém exercendo o cargo de prefeito, depois do então chefe do Executivo, Naçoitan Araújo Leite (sem partido), invadir a casa da ex-companheira e atirar 15 vezes contra ela e o atual parceiro.
O MPGO pediu a condução de Maysa Cunha ao poder Executivo de Iporá para “o desempenho transitório do mandato” e em atenção aos “princípios constitucionais da legalidade, moralidade e eficiência”. Além disso, o órgão ficou o prazo de 24 horas para o envio das informações quanto ao cumprimento da recomendação, ou razões para justificar o “não atendimento”, e estipulou que o não atendimento poderá resultar em medidas extrajudiciais cabíveis pelo Ministério Público.
Enquanto isso, Naçoitan, que estava preso após se entregar a Polícia Civil de Goiás (PCGO) na manhã na última quinta-feira (23), está internado desde sábado (25) depois que sentiu mal-estar com sintomas de vômito e diarreia no sábado (25). Conforme a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), a internação ocorreu em virtude de orientações médicas.
O político deve permanecer por mais alguns dias sob cuidado médico até receber alta e retornar para a prisão. Ainda segundo a defesa de Naçoitan, o político se encontra em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Iporá.
O Diário de Goiás tentou contato com o Adriano Sena Silva (MDB), conhecido como Didi, para saber qual será a ação adotada pela Câmara de Iporá neste prazo de 24 horas estipulado pelo MPGO, mas o vereador, presidente da Casa Legislativa, não retornou com resposta até o fechamento desta matéria.
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