Quem se inscreveu para a edição deste ano do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) tem até esta quarta-feira (23) para pagar a taxa de inscrição, de R$ 82.
Se o prazo não for cumprido, o candidato não estará apto a fazer a prova, que seleciona vagas nas universidades públicas do país.
O pagamento do boleto pode ser efetuado em qualquer instituição bancária, nas agências dos Correios ou nas casas lotéricas.
Segundo o Inep (instituto que organiza o exame), o boleto levará entre três e cinco dias para ser compensado. Por isso, o candidato só terá a inscrição confirmada no sistema do exame após esse período.
As inscrições, que foram feitas exclusivamente pela internet, terminaram no dia 18 deste mês. A expectativa do Ministério da Educação é que 7,5 milhões de participantes sejam confirmados neste ano -em 2017, o número fechou em 7,6 milhões.
PROVAS
O exame acontece em 4 e 11 de novembro, dois domingos. No primeiro dia, as provas serão de redação, ciências humanas e linguagens, com tempo de cinco horas e meia.
No segundo dia, os candidatos terão cinco horas para completar as questões de matemática e ciências naturais, meia hora a mais do que no ano passado.
Para acompanhar as informações sobre o exame, os candidatos podem baixar o aplicativo para celular Enem 2018, que está disponível gratuitamente no Google Play e na App Store.
SEGURANÇA
O Ministério da Educação também tem dialogado com a Polícia Federal para aperfeiçoar e aumentar a identificação de ponto eletrônico nesta edição do exame, afirmou na última semana a diretora de gestão e planejamento do Inep, Eunice Santos.
“Queremos alterar a tecnologia que usamos no ano passado. E com isso teríamos um aparelho que tem uma precisão melhor e com uso mais fácil de aplicar”, disse.
Levantamento inédito da Folha de S.Paulo constatou alta probabilidade de ter havido fraude em ao menos 1.125 provas do Enem. São provas com padrão de respostas tão semelhantes entre si que, estatisticamente, seria improvável que não tenha havido algum tipo de cópia.
De acordo com o modelo estatístico utilizado no estudo, a chance de serem semelhantes devido ao acaso é de no mínimo 1 em mil. Ou seja, seria necessário repetir o exame mil vezes para que duas provas, sem interferência, fossem tão parecidas como os gabaritos suspeitos.
Segundo a presidente do Inep, Maria Inês Fini, o instituto já pediu à Polícia Federal o apoio de técnicos para averiguar o caso. “Já pedimos à Polícia federal que designe para nós alguns técnicos, e à Associação Brasileira de Avaliação Educacional que designe uma comissão de estatísticos para vir ao Inep”.
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