Um dia após realizar o primeiro bate-papo ao vivo com internautas com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, cuja repercussão movimentou as redes sociais e a imprensa, o governador Marconi Perillo promoveu, hoje, a 26ª edição do programa Governador Responde. Ele respondeu a perguntas sobre reforma da previdência, programa Goiás na Frente, convalidação dos incentivos fiscais e atuação nas redes sociais, dentre outras.
Sobre o bate-papo com Alckmin, Marconi afirmou que partiu dele a iniciativa de convidar o governador de São Paulo para conversar com os internautas, e ressaltou que “valoriza muito o diálogo e a prestação de contas”. Lembrou que o bate-papo nas redes sociais começou em sua campanha de 2014, e depois passou a ser realizado com frequência. “Acho que foi muito bacana o bate-apo com o governador Geraldo Alckmin, porque tivemos a oportunidade de falar sobre vários assuntos. Foi um bate-papo bastante sincero, onde nós abordamos temas que precisam ter a coragem dos governantes para enfrentá-los”, disse.
Marconi anunciou o que chamou de recorde histórico nas exportações e no saldo da balança comercial de Goiás no primeiro trimestre deste ano. “Nos três primeiros meses chegamos a 1,8 bilhão de dólares de produtos goianos exportados, o que nos deu mais ou menos 500 milhões de dólares de superávit exportador. Mais uma vez o Brasil Central e o nosso Estado ajudando a carregar o Brasil nas costas”, afirmou. No ano passado, o saldo foi de aproximadamente 1,6 bilhão de dólares no primeiro trimestre.
Ele reiterou o discurso realizado ontem junto ao governador Alckmin sobre a reforma da previdência. Pontuou que há uma discrepância muito grande no sistema quanto às regras para os servidores públicos e os da iniciativa privada. “As pessoas que trabalham no setor privado, em serviços desde os mais sofisticados aos mais simples, podem receber até R$ 5 mil por aposentadoria. Já no serviço público essas aposentadorias podem ser muito altas. Temos aposentadorias que significam pagamentos a verdadeiros marajás. E essa situação não pode continuar porque está quebrando o Brasil. É preciso ter um equilíbrio. É uma situação que precisa ser enfrentada. Acho que não estão sabendo fazer o discurso certo. A reforma da previdência não vai prejudicar quem ganha pouco. Ela vai colocar um limite em relação aos que ganham mais”, observou.
“O governo tem que arcar com limite de R$ 5 mil por mês e a diferença tem que ser paga por meio de planos privados. Isso acontece no mundo todo. Por outro lado, as pessoas estão vivendo mais. Portanto, é necessário que a gente olhe mais para essa questão da idade. Os desembargadores se aposentam com 75 anos, e tem pessoas que querem se aposentar com menos de 50 anos. Então essas coisas precisam ser vistas sob pena de pessoas não receberem seus direitos. É muito triste ver o aposentado que ganha pouco, por exemplo, não recebendo sua aposentadoria, e ficar sem condições de comprar alimentos ou remédios para sua sobrevivência”, completou.
Questionado sobre a reunião com a presidente no BNDES na semana passada para tratar da construção do contorno viário de Goiânia na BR-153, Marconi disse que trata-se de uma questão que o preocupa muito, e esclareceu que a informação dada pela presidente do BNDES, Maria Sílvia Bastos Marques, é de que a empresa que ganhou a concessão para fazer a obra não tem condições de tomar empréstimo para fazê-la. Portanto, será necessário encontrar outro caminho.
“Esse é um assunto que nos preocupa muito, por isso reuni os prefeitos de Aparecida de Goiânia, Hidrolândia e Senador Canedo para me acompanharem para uma conversa com a presidente do BNDES. Ocorre que a empresa que ganhou a concessão para fazer esse contorno viário alegou que não conseguia viabilizar o empréstimo para fazer esse contorno, que será fundamental para destravar o perímetro urbano da BR-153. Infelizmente, a presidente do BNDES me disse que essa empresa não tem condições de receber esse empréstimo, e terão que tomar outra iniciativa, talvez vendendo a concessão ou os seus ativos. Saímos de lá com a consciência de que devemos novamente procurar os ministros que estão responsáveis por essa questão das concessões no governo federal”, declarou.
Sobre o programa Goiás na Frente, disse ainda que já começou de verdade, com empresas que estão se movimentando e desenvolvendo as obras. “Estamos apenas em alguns casos aguardando passar o período das chuvas para não desperdiçar dinheiro”, ponderou. Indagado sobre a necessidade de manutenção dos incentivos fiscais, ressaltou que Goiás, Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul só tiveram condições de atrair indústrias graças aos incentivos fiscais. “Aqui, graças ao nosso programa Produzir e ao Fomentar. Esses programas foram fundamentais para que agregássemos valor às nossas matérias-primas e diversificar nossos produtos. Hoje temos quatro montadoras, três de veículos e uma de máquinas. Temos dezenas de indústrias de medicamentos e outras indústrias. Isso só foi possível graças à arrojada política de incentivos fiscais”, declarou.
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