12 de setembro de 2024
Brasília

Deputados pedem vista e adiam análise sobre prisão de Chiquinho Brazão; acompanhe

Deputado diz que tinha “ótima relação” com Marielle Franco
Chiquinho Brazão foi detido no último domingo (24) acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. (Foto: reprodução)
Chiquinho Brazão foi detido no último domingo (24) acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. (Foto: reprodução)

Os deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) decidiram adiar a votação sobre a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) por duas sessões, após solicitarem uma revisão detalhada do caso. Como Brazão é membro do parlamento federal, sua prisão requer aprovação da maioria absoluta da Câmara dos Deputados.

O relator do caso na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC), sustentou que a prisão foi realizada de acordo com as disposições constitucionais, as quais estipulam que a detenção de um legislador só pode ocorrer em flagrante delito e por crime inafiançável. Os deputados Gilson Marques (Novo-SC) e Roberto Duarte (Republicanos-AC) solicitaram uma revisão minuciosa do caso, alegando que não tiveram tempo suficiente para analisar o relatório da Polícia Federal, a decisão de prisão do ministro Alexandre de Moraes do STF e o parecer de Darci de Matos.

Esta decisão foi criticada por alguns parlamentares, que defendiam uma análise imediata do caso para encaminhá-lo ao plenário da Câmara. No entanto, a presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni (PL-SC), rejeitou uma questão de ordem apresentada pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), que buscava dispensar o pedido de vista ou limitá-lo a apenas uma sessão. Caroline argumentou que o pedido de vista é um direito dos deputados e que o processo não possui a mesma urgência de uma medida legislativa.

“Ótima relação” com Marielle Franco

Chiquinho Brazão, por sua vez, disse que tinha uma “ótima relação” com Marielle Franco. Em manifestação online, durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados que analisa a prisão preventiva do parlamentar, ele disse que o que houve entre ele e Marielle foi uma “simples discordância de pontos de vista” em relação ao projeto de lei que regulamentava os condomínios irregulares na cidade do Rio de Janeiro.

“A gente tinha um ótimo relacionamento, só tivemos uma vez um debate, onde ela defendia a área de especial interesse, que eu também defendia. Marielle estava do meu lado na mesma luta”, argumentou o parlamentar, preso em Brasília, pedindo que os deputados revejam a decisão sobre sua prisão.

Com informações da Agência Brasil

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