29 de agosto de 2024
Xadrez

Coronel da PM que comandou corporação em dia de ataques é preso após decisão do STF

A prisão cumpre a decisão do ministro Alexandre de Moraes
Coronel Fábio Augusto Vieira (Foto: Divulgação/Governo do DF)
Coronel Fábio Augusto Vieira (Foto: Divulgação/Governo do DF)

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto foi preso na tarde desta terça-feira (10/01), após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A informação foi divulgada no começo da noite de hoje na GloboNews.

Fábio já havia sido afastado pelo interventor federal Ricardo Capelli. Membros do governo federal e do poder judiciário tem alegado que as forças de segurança pública do Distrito Federal foram negligentes diante das manifestações que culminaram nos atos de degradação em Brasília no domingo. Desde sexta-feira, a mensagem nos grupos bolsonaristas do WhatsApp e Telegram era de que a ideia dos terroristas era “tomar o poder”.

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Bolsonaristas citavam como exemplo e queriam repetir o que aconteceu em Sri Lanka, quando uma multidão invadiu a sede do poder, em julho de 2022 no que foi citado em grupos bolsonaristas como a “tomada de poder” provocando a renúncia do primeiro-ministro e do presidente do país. 

Diante do comportamento prévio dos manifestantes que já estavam em Brasília e daqueles que começaram a chegar a partir de sexta-feira, a percepção foi de que a segurança pública do Distrito Federal agiu com leniência e foram negligentes.

Enquanto os terroristas quebravam a sede dos 3 Poderes, agentes da segurança pública que fizeram a escolta dos bolsonaristas a Esplanada dos Ministérios, estavam tomando água de coco e nada fizeram para impedir que o desastre avançasse.

As forças de segurança começaram a atuar apenas após o presidente Lula (PT) decretar intervenção federal, quando a tragédia já havia avançado. Ontem (09), durante a reunião entre governadores e o petista, a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP) havia dito que o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) foi ‘mal informado’ e saiu em defesa do chefe do executivo. Rocha, ainda antes do caos começar, no domingo cedo, permitiu o acesso aos manifestantes à Esplanada dos Ministérios, desde que o ato – que tinha mensagem antidemocrática ao contestar o resultado das eleições e pedir intervenção federal – fosse pacífico.


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