O presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), desembargador Gilberto Marques Filho, disse à presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, que não é mais possível resolver problemas de Segurança Pública regionalmente.
“Tem de haver um trabalho conjunto entre Estado e União e nós contamos com a ajuda da senhora. Os Estados não dão mais conta. Faremos tudo o que for possível, mas sem a participação da União, as ações serão sempre paliativas”, afirmou o desembargador.
O pronunciamento do procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, que também participou da reunião, foi na mesma linha que do de Gilberto Marques Filho. Benedito disse que o Estado tem de trabalhar em parceria com a União para conseguir avançar nas demandas. “O trabalho deve ser conjunto”, declarou, destacando, em seguida, a importância da criação da diretoria-geral de Administração Penitenciária pelo governador Marconi Perillo.
O secretário de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, disse que os principais problemas enfrentados por Goiás e pelos outros 26 Estados brasileiros são a malha prisional ruim, a superlotação e a carência de capital humano. “Ainda assim, Goiás produz e produz muito. Sem demagogia, é o Estado que mais prende e que mais atrapalha o crime organizado no Brasil. Aumentou em 64% a sua população carcerária nos últimos anos”, afirmou Balestreri.
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