Todos os funcionários que possuem contrato irregular na Universidade Estadual de Goiás (UEG) serão desligados da Instituição até o final deste ano. Cerca de 1.469 servidores serão atingidos pela medida, sendo 705 docentes e 764 técnicos administrativos. Os desligamentos irão ocorrer nos dias 30 de novembro e 15 de dezembro. A medida foi tomada mediante ação civil pública proposta em 2012.
De acordo com o reitor da UEG, Rafael Borges, a Universidade já preparou um edital de processo seletivo, que será lançado no próximo mês, para repor o quadro de professores. Quanto aos técnicos-administrativos, será utilizada reserva técnica do último concurso público de servidores efetivos. No dia 30 haverá o desligamento dos servidores da limpeza e técnico-administrativos. Em 15 de dezembro serão os docentes com contratos irregulares. Para o serviço de limpeza, uma empresa terceirizada será contratada.
Para o treinamento dos novos servidores e para a continuidade dos serviços vitais para a UEG, cerca de 50 servidores técnico-administrativos permanecerão trabalhando por ora.
Segundo o reitor da UEG, Rafael Borges, desde a criação da instituição, a maioria dos servidores é temporário, com contrato delimitado de um ano, com prorrogação de, no máximo, mais 365 dias. Em 2014, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), fez uma série de recomendações à Universidade, com o intuito de diminuir este tipo de contratação. Na época, os temporários representavam mais de 70% da folha de pagamento. “Existem casos de contratos que estão irregulares há 18 anos, praticamente desde que a UEG foi fundada”, pontua.