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Goiânia
| Em 3 anos atrás

Trecho 1 do BRT Norte-Sul depende de nova licitação

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A prefeitura de Goiânia vai rescindir o contrato com o Consórcio Norte-Sul, responsável pela obra do trecho 1 do BRT Norte-Sul. Nesta quarta-feira (22), o prefeito Rogério Cruz confirmou que o Paço aguarda o distrato para depois executar uma nova licitação.

“Temos 8% somente concluídos no trecho 1, do lado sul do BRT. Teremos que aguardar o distrato para fazer uma nova licitação do trecho 1”, destaca.

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A informação já havia sido publicada em novembro pelo Diário de Goiás. à época, o secretário de Infraestrutura Urbana, Fausto Sarmento, disse que a expectativa é poder firmar contrato com uma nova empresa até junho de 2022.

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Sarmento, explicou que o próprio consórcio pediu o cancelamento do contrato. “Quando convoquei a empresa para retomar os serviços, não quis e pediu para cancelarmos o contrato. Vamos ter que partir para a rescisão contratual”, disse à Rádio Bandeirantes Goiânia.

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Segundo o secretário, a inflação nos materiais de construção deve ter levado a um desarranjo financeiro que inviabilizou o contrato para a empresa. O valor firmado anteriormente era de R$ 67,6 milhões. “Houve muita oscilação de preços, de insumos, notadamente asfalto, aço e cimento. Isso causou alguns desequilíbrios e nem todos os contratos suportam isso.”

A prefeitura tem renegociado contratos para equilibrá-los de acordo com a realidade de mercado atual. O Consórcio Norte-Sul foi chamado à mesa, mas manteve a posição de pedido de rescisão. “Todos os contratos da prefeitura, a gente reconhece essas variações. Todos estão sendo reequilibrados. Estamos aceitando os pedidos, dentro das normas estabelecidas pela gente. Mas, para eles, nem assim seria viável”, disse Sarmento.

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O trecho corresponde a 5,1 km de extensão e está localizado entre o Jardim Nova Era, em Aparecida de Goiânia (Terminal Cruzeiro), e o Setor Pedro Ludovico, em Goiânia (Terminal Isidória). Esse trecho 1 é composto por uma trincheira, dois terminais de integração aos ônibus comuns (Terminal Cruzeiro e Terminal Correios) e cinco estações de embarque e desembarque.  Também integram as obras de construção do trecho a requalificação de 9,6 km de calçadas, pavimentação de 4,8 km de rua e sinalização viária de 4,8 km.

Mais obstáculos

O trecho tinha outros dois obstáculos, mas um deles já foi suplantado. A prefeitura chegou a um acordo com a Oi para retirar a rede óptica da telefônica da Avenida Rio Verde. Só assim poderá ser feito o pavimento rígido e instalada a drenagem.

Ainda há, no entanto, outra pendência. O projeto prevê o chamado Terminal Correios, mas a prefeitura pode ter que mudar de planos se não chegar a um acordo com a estatal para compra de um terreno.

“Tentávamos comprar uma área. Tentei negociar, estive em Brasília, mas estão pedindo um valor muito alto. Estamos fazendo uma negociação, parcelar, para um resultado melhor para o município”, revelou Sarmento.

A saída, caso não haja acordo, é construir um terminal de conexão mais à frente, dispensando o Terminal Correios. “Não é o melhor dos mundos, mas atende bem a situação”, avalia.

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Rafael Tomazeti

Jornalista