05 de dezembro de 2025
REVOLTA E INDIGNAÇÃO

Trabalhadores da Comurg recebem com cortes no quinquênio e ficam revoltados

Pessoal lotado na pedreira fez um rápido protesto e cobrou compromissos de campanha e ação sindical contra o corte do benefício no salário pago nesta quinta
Trabalhadores questionaram o corte consumado nos quinquênios - Foto: reprodução de vídeo
Trabalhadores questionaram o corte consumado nos quinquênios - Foto: reprodução de vídeo

Trabalhadores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) lotados na pedreira, a serviço da Secretaria Municipal de Infraestrutura, ficaram revoltados na manhã desta quinta-feira (6) com o corte dos quinquênios registrado na folha salarial que foi paga. Um grupo se reuniu por alguns minutos e manifestou em vídeo e áudio a insatisfação.

No vídeo, enviado para o editor-geral do Diário de Goiás, jornalista Altair Tavares, os trabalhadores questionam que o corte do quinquênio se confirmou e deixou a categoria em dúvida se o benefício vai voltar a ser pago. “Não vamos receber o quinquênio por mais de três meses, e vai saber se ele vai voltar. E vamos trabalhar no sábado e no domingo para ganhar menos de cem reais?” questionou um dos trabalhadores também em um áudio enviado. Enquanto eles se manifestavam, um caminhão carregado com massa asfáltica que seria aplicada nas ruas da cidade aguardava com a carga.

Os servidores falaram em “indignação total” e “na prometida valorização dos servidores durante a campanha”.  Cobraram uma posição do prefeito Sandro Mabel, de vereadores que eles apoiaram e do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Pública e Ambiental (Seacons).

Seacons vai usar dados do corte para recorrer da suspensão dos quinquênios

O presidente do Seacons, Melquisedeque Santos de Souza, informou à tarde que agora que o corte foi materializado, vai instruir um processo recorrendo contra a suspensão dos quinquênios baseado no pagamento realizado nesta quinta. Ele classificou o corte de “uma injustiça que traz transtornos para o empregado na medida em que alguns têm redução de R$ 600 até mais”. Segundo ele, o valor de 41,7% de corte era o que o sindicato previa.

O dirigente destacou que o Seacons vai buscar a manutenção do benefício da forma como está no acordo coletivo de trabalho e vai consultar os trabalhadores da Comurg sobre as formas de mobilização a partir de agora, mas tendo como principal preocupação “a manutenção do emprego da categoria”.

A decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que referendou o corte dos quinquênios pagos pela Comurg foi proferida na sexta-feira (31), suspendendo pelo período de três meses o pagamento dos quinquênios calculados com base em cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho válido até 2026. Esse acordo vinha sendo questionado judicialmente pela Comurg desde 2018.

Leia também: Retirada dos quinquênios da Comurg irá reduzir de 20% a 40% o salário dos servidores


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