30 de dezembro de 2025
Judiciário • atualizado em 30/12/2025 às 08:36

Tenente-coronel condenado por tentativa de golpe se apresenta à PF em Goiânia

Militar inicia cumprimento de prisão domiciliar após decisão do STF para evitar novas fugas
Tenente-coronel Guilherme Almeida Marques apresentou-se à Polícia Federal em Goiânia para cumprir prisão domiciliar. (Foto: Divulgação, EB).
Tenente-coronel Guilherme Almeida Marques apresentou-se à Polícia Federal em Goiânia para cumprir prisão domiciliar. (Foto: Divulgação, EB).

O tenente-coronel do Exército Guilherme Almeida Marques, condenado a 13 anos e seis meses de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado, apresentou-se nesta segunda-feira (29) à Polícia Federal em Goiânia para iniciar o cumprimento de prisão domiciliar, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

A informação consta em ofício encaminhado pela Superintendência Regional da Polícia Federal em Goiás ao ministro Alexandre de Moraes, comunicando o cumprimento do mandado de prisão domiciliar no âmbito da Ação Penal 2.694.

A medida foi mantida no último sábado (27) após audiência conduzida pela juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, do gabinete do ministro Moraes. O objetivo da audiência foi cumprir uma formalidade legal relacionada às prisões domiciliares de oito condenados pela trama golpista.

O mandado contra Guilherme Marques ainda não havia sido executado porque o militar havia viajado para a Bahia, embora tivesse se comprometido formalmente a retornar a Goiânia para cumprir a decisão judicial. A apresentação espontânea ocorreu após o STF endurecer o monitoramento dos condenados, diante do risco de novas fugas.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão domiciliar levou em conta o entendimento de que existe uma estratégia articulada entre os condenados para deixar o país. O alerta ganhou força após a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, detido no Paraguai, na sexta-feira (26), ao tentar embarcar para El Salvador com passaporte falso.

“O modus operandi da organização criminosa condenada pelo Supremo Tribunal Federal indica a possibilidade de planejamento e execução de fugas para fora do território nacional, inclusive com auxílio de terceiros”, afirmou Moraes em decisão recente.

Como parte das medidas cautelares, Guilherme Marques deverá usar tornozeleira eletrônica, está proibido de utilizar redes sociais, manter contato com outros investigados ou condenados e não poderá receber visitas sem autorização judicial. Ele também foi obrigado a entregar o passaporte, ficando impedido de deixar o país.


Leia mais sobre: / / / / Cidades / Notícias do Estado