Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto-GO), Márcio Andrade falou ao Diário de Goiás nesta segunda-feira (27/06) que os empresários do setor tem o “compromisso” em repassar ao consumidor as reduções consequentes da nova alíquota do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis.
De acordo com Andrade, a expectativa é que já nesta terça-feira (28/06), estabelecimentos já pratiquem valores de acordo com a nova alíquota anunciada hoje (27) pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). “O que a gente precisa é só aguardar os postos adquirirem com o novo preço, mais reduzido, para que isso aconteça. Eu acredito que o mercado vai reagir muito rápido e repassar o preço para o consumidor em função do momento que estamos vivendo. Eu acho que a partir de amanhã mesmo já será possível ver postos com preço reduzido”, pontuou em entrevista ao portal.
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Márcio também explicou que existe uma cadeia no setor e que antes dos insumos chegarem aos postos, eles passam pelas distribuidoras. “O que é importante é que as distribuidoras repassem a redução integral para que os postos possam passar o melhor preço para o consumidor. Como os preços são livres vamos ter que o papel, todos, de pressionar tanto o posto como as distribuidoras para que ambos possam passar o preço para o consumidor. Da parte do posto, eu acredito que não teremos dificuldades de reduzir na mesma proporção”, destacou.
Mesmo vivendo a realidade do livre-comércio e com distribuidoras e postos de combustíveis podendo praticar o preço que quiserem, Andrade acredita que não haverá dificuldades na redução de preços. “Não há como obrigar ninguém a abaixar os preços, mas a gente tem o compromisso, dos empresários de repassar toda a redução que vier para os postos para o consumidor. Precisamos atrair o consumidor de volta e a única forma é a redução de preços. Temos consciência do momento de crise que o Brasil está vivendo. Esse é um compromisso que temos com o Governo e com a população”, destacou.
Com redução do ICMS sobre combustível, impacto na gasolina será de R$ 0,85
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) anunciou nesta segunda-feira (27/06) que a redução do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis terá impacto na redução de 0,85 centavos sobre a gasolina, 0,38 centavos sobre o etanol e 0,14 centavos sobre o diesel.
“Hoje você tributa a gasolina de 1 real e noventa e seis por litro. Vai se cobrar 1 real e onze centavos. Você vai ter uma redução nessa parte da cobrança dessa base de cálculo de 0,85 centavos por litro. É o que nós vamos fazer com que o ICMS passe a ser cobrado 1.11 centavos. Estávamos cobrando 1.96”, explicou durante coletiva à jornalistas no Palácio Pedro Ludovico. “O etanol 1,19, vamos cobrar 0,81 centavos. A redução foi de 0,38 centavos por litro. O diesel estava sendo cobrado em 0,80 centavos. Agora, estamos cobrando 0,66. Quatorze por cento de diferença”, complementou.
Caiado disse que a redução só foi possível graças a lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Sem ela, ele não poderia impor reduções, haja vista que correria o risco de descumprir o acordo de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “Agora temos uma lei complementar e tendo essa lei, temos a proteção de que não perderemos os benefícios do Regime de Recuperação Fiscal. Eu como governador, não podia mexer na alíquota porque isso caracterizaria da minha parte qualquer tipo de incentivo e de benefícios sem que eu tivesse uma autorização federal ou do próprio Ministério da Economia para baixar a alíquota”, pontuou.
Caiado explicou que com a nova lei, a estimativa de redução na arrecadação é de R$ 3 bilhões em um ano. “É um valor aproximado. É uma coisa que foi feita num esforço enorme de toda a equipe”, ponderou. O democrata também pontuou que fará fazer valer a legislação ante a quaisquer contrapartidas do Governo Federal. “Eu repito a mesma frase de sempre: cabe a mim como governador do Estado cumprir a lei. Essa matéria será encaminhada ao Congresso Nacional e nós vamos avaliar qual será o texto final deste projeto. Hoje estamos tratando aquilo que foi sancionado. A partir do momento que eu tiver a lei para respaldar as ações do governo, eu o farei”, complementou.
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