08 de agosto de 2024
Prejuízos • atualizado em 25/05/2024 às 08:34

Seguradoras estimam R$ 1,67 bilhão em indenizações de seguros após tragédia no RS

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, destaca que os números estão muito distantes de representar a real dimensão dos prejuízos da catástrofe
Seggundo estimado, esse será o maior conjunto de indenizações já pago pelo setor segurador no Brasil. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil).
Seggundo estimado, esse será o maior conjunto de indenizações já pago pelo setor segurador no Brasil. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil).

Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), somados, os avisos de sinistros já ultrapassam a casa dos R$ 1,67 bilhão a serem pagos em indenizações no Rio Grande do Sul. No total, as empresas já receberam 23.441 comunicados de acidentes decorrentes dos efeitos adversos dos temporais que atingem o estado desde o fim de abril.

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, destaca que os números estão muito distantes de representar a real dimensão dos prejuízos da catástrofe. “Neste momento, uma parte muito grande dos segurados sequer avisou os sinistros ocorridos. Sequer entraram com os pedidos de indenização. Isso é natural, porque as pessoas estão cuidando de questões muito mais prementes”, afirmou.

Para Oliveira, dada a extensão da área atingida e o fato de áreas densamente povoadas terem sido afetadas, esse será, provavelmente, o maior conjunto de indenizações já pago pelo setor segurador no Brasil em consequência de um único evento, superando o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), da mineradora Vale, em 2019.

Dyogo alega que as seguradoras já vêm adotando procedimentos muito rapidamente para pagar os sinistros mais simples. “Muitas seguradoras já estão pagando as primeiras indenizações e temos notícias de que, em média, há pagamentos sendo feitos em até 48 horas, com processos simplificados, inclusive dispensando vistorias e auditorias”, assegurou.

Sem estimativas de indenizações de seguros

Sem dar estimativas do valor total que as empresas seguradoras poderão ter que pagar a seus clientes, Oliveira afirma que os grandes riscos são os mais difíceis de avaliar no momento. “As estruturas asseguradas estão, na maioria dos casos, alagadas. Só quando as águas baixarem será possível avaliar os danos”, explicou.

“Não estamos fazendo projeções. Até porque, neste momento, é tecnicamente impossível e indesejável projetar o tamanho do impacto. Qualquer número que seja divulgado é um grande chute e a confederação não pode atuar desta maneira”, disse o presidente CNseg, acrescentando que o risco de o sistema de seguros não dispor de recursos para pagar as indenizações devidas é mínimo.

Lamentamos tudo o que está acontecendo no Rio Grande do Sul e o setor segurador vem tomando medidas efetivas, demonstrando um comprometimento muito grande com a população do estado.

Dyogo Oliveira

Com informações da Agência Brasil


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