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Categorias: Lênia Soares
| Em 12 anos atrás

PSDB goiano erra o alvo: atira em Paulo e acerta em Dilma

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Na tentativa de excluir qualquer sinal antecipado de adversidade, a base do governo de Goiás atira pra tudo que é lado. Como de costume, um tiro e outro saem pela culatra. No que tange as eleições estaduais, porém, os atiradores podem ser os mais alvejados.

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O que não dá pra afirmar, com certeza, é se existe, ou não, um alvo específico. Disparar contra tudo e todos é prática comum do tucanato em Goiás. Hoje, a bola da vez é o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT).

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Após o sucesso nas urnas, o petista foi promovido pelos aliados do governo à pré-candidato ao Executivo goiano.

As evidências estão nos ataques direcionados do Palácio das Esmeraldas e regiões adjacentes. Paulo tornou-se a principal vítima da base estadual. O

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novo símbolo de ameaça ao imperialismo tucano.

É criticado em todos os setores administrativos da Casa Verde. Em sua própria diplomação, o representante do governador Marconi Perillo (PSDB), chefe da Casa Civil, deputado Vilmar Rocha (DEM), afirmou não existir um bom relacionamento entre administração do Estado e da Capital.

Construíram para tentar desconstruir sozinhos a candidatura da oposição.

Eis o primeiro erro:

O prefeito eleito não discute 2014. Também, pudera. São 80 centros de educação infantil para construir, centenas de bolsas para distribuir, escolas para reformar, servidores para agradar… Promessas que cobram antes de tudo ação imediata.

Primeiro, Paulo terá que se fazer sustentável. Depois… Bem, depois é outro tempo.

Quem anda livre, leve e solto é o empresário socialista José Batista Júnior, o Júnior Friboi. Com dinheiro e disposição de sobra, o ex-secretário está em plena campanha eleitoral. Se anuncia no interior do Estado como o nome que veio para derrubar a “Era Perillo”.

Na Assembleia Legislativa, Friboi “é a grande tendência”. Apesar da pequena habilidade discursiva, o empresário possui outros dotes. São outros meios de persuasão – mais pragmáticos.

O deputado federal Rubens Otoni (PT) também não perde tempo. Articula, à sua maneira discreta de ser, a postulação política tão sonhada. Mantém conversas nos bastidores e toma frente junto à população.

Há ainda nomes novos que podem surgir por aí. Além, claro, do mais significativo representante da oposição, Iris Rezende (PMDB). De uma forma ou de outra, é do ex-governador que sairá a decisão. Ou existem dúvidas quanto a isso?

São alvos do governo tucano? Eventuais, pontuais, mais para irritar que

para desconstruir.

Mas os erros do PSDB não param por aí.

A segunda ponta do tiro aloprado contra o prefeito atinge o Planalto Central.

Ao atacar Paulo Garcia, Marconi Perillo acerta, indiretamente, a presidente Dilma Rousseff (PT) – que tanto tem liberado recursos para o Estado e que tanto mais pode fazer nos próximos meses, decisivos para o tucano tentar recuperar a imagem perdida com as ligações perigosas ao caso Cachoeira.

Após inúmeros elogios e tentativas de aproximação, o governador mira um prefeito do partido da presidenta nas vésperas de uma possível reeleição para ambos.

O prefeito goiano não é só um prefeito petista. É um prefeito petista de uma Capital que mantém um bom relacionamento com o governo Federal.

Quem tem saído sorridente em fotos presidenciais não é Marconi.

O discurso de proximidade entre o tucano e Dilma Rousseff não chega nem no entorno. O que se ouve por lá, no DF, são outras conversas.

Bem… É errando que se aprende. Perdendo é que se ganha… Experiência.

O governador pode estar prestes a uma vitória de vida. Aquela da experiência.

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