As cúpulas nacionais do PSC e do Podemos estiveram reunidas, na terça-feira (08/11), em Brasília, para discutir um possível fusão ou incorporação. Dos dois, apenas o primeiro não atingiu a cláulsura de barreira e, com isso, pode perder acesso ao fundo partidário, ao tempo de propaganda na TV e no rádio, à presença em debates e à estrutura de liderança no Congresso Nacional.
Vice-presidente nacional do Podemos, Eduardo Machado disse o Diário de Goiás que, agora, o momento é de analisar estado por estado. “Não podemos passar todos os estados para eles. O contrário também é verdadeiro. Por exemplo, o presidente nacional do PSC [Pastor Everaldo] é do Rio de Janeiro, mas, lá, nós temos deputado federal e eles não.”
Em Goiás, porém, não há empecilhos. Apesar de ser do estado e ocupar uma posição de relevância na executiva nacional do Podemos, Machado afirmou que não vê problema em o presidente estadual ser o deputado federal Glaustin da Fokus (PSC). “É até natural que ele assuma.”
A reportagem tentou contato com Glaustin, mas as ligações caíram direto na caixa. Atualmente, o PSC, em Goiás, é comandado por Eurípedes do Carmo. O diretório estadual do Podemos, por sua vez, está sob a responsabilidade de Felipe Cortês. Os dois partidos fazem parte da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
Em outra frente, o PSC também negocia se juntar ao Avante. Em relação a essa possibilidade, Machado pontuou que, se for o caso, ela dificultaria a união com o Podemos. “Seria mais difícil ainda para conciliar os interesses estaduais de três partidos.”
Sobre os rumores referentes a uma eventual adesão do Podemos à federação formada por PSDB e Cidadania, que, em Goiás, estão na oposição a Caiado, o vice-presidente nacional da sigla ressaltou que não há como avançar. “Está descartado”, frisou.
Se a fusão ou incorporação – o modelo ainda não está definido – entre Podemos e PSC vingar, eles teriam 18 deputados federais a partir de 2023 e formaram a oitava maior bancada na Câmara dos Deputados, com mais parlamentares, por exemplo, do que PDT, PSB e PSDB, que elegeram 17, 14 e 13, respectivamente.
Por enquanto, como resultado do não cumprimento da cláusula de barreira durante as últimas eleições, já foram anunciadas a fusão entre Patriota e PTB e a incorporação do Pros ao Solidariedade.
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