A prefeita de Bela Vista de Goiás, Nárcia Kelly (PP), divulgou um vídeo em suas redes sociais na quarta-feira (15) se defendendo sobre as críticas a respeito da venda de três lotes com imóveis públicos que ela pretende reverter na construção de um novo cemitério. O Diário de Goiás informou sobre o processo e as insatisfações.
Confira as reportagens!
No fim do segundo mandato, Nárcia Kelly vai leiloar quatro áreas que somam R$ 5,3 mi
Não é momento de leiloar área pública, afirma Eurípedes do Carmo, pré-candidato em Bela Vista
Sinalizando irritação no vídeo, Nárcia Kelly fala em fake news e reforça que a venda não está relacionada ao uso dos mais de R$ 5 milhões que espera arrecadar, com fins eleitorais. O leilão está mantido para o dia 27 de maio.
Prefeita divulga vídeo
Para justificar a necessidade, a prefeita argumenta que os imóveis estão em péssimas condições estruturais e que a cidade necessita de um novo cemitério. “Daqui a aproximadamente um ano não teremos mais onde sepultar os bela-vistenses. Eu sei a importância de um local adequado para a última despedida aqueles que a gente mais amou na vida”, afirma.
Ela segue reiterando, como mostrou o DG, que enviou para a Câmara em 2023 o pedido de autorização para a venda dos imóveis “que não davam para ser utilizados e cem por cento dos vereadores votaram favoráveis”.
Além disso, ela alfinetou os críticos: “Em ano eleitoral, a oposição faz tudo para tentar manchar e denegrir nossa imagem”. Também afirmou que não se poderá pegar o recurso obtido no leilão “para gastar em campanha política, o que é proibido, é crime. Quem trabalha com compra de voto e com dinheiro em campanha não é a Nárcia Kelly”. Ela não acusa nominalmente ninguém.
No vídeo divulgado, são feitas simulações de como o futuro cemitério pode ficar, inclusive com arruamento interno, “e pistas de acesso”.
Como mostraram as reportagens, a prefeitura vai leiloar quatro áreas públicas. O edital do leilão prevê uma arrecadação de no mínimo R$ 5.389 milhões, considerando os lances mínimos pelos três lotes oferecidos.
Os lances foram estabelecidos pelo valor da avaliação dos imóveis à venda, conforme o edital.
Pré-candidatos à sucessão da prefeita questionaram a realização do leilão no último ano do segundo mandato dela. Para eles, mesmo enviando o projeto no ano passado, a prefeitura teve oportunidade de realizar a venda antes.
Além disso, também apontam que a prefeitura paga aluguel para alguns órgãos públicos e defendem que os imóveis à venda deveriam ser reformados para substituir os alugados. Já ela argumenta que o valor das reformas seria inviável aos cofres públicos.
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