Segundo informação do jornalista Jarbas Rodrigues, na coluna Giro de O Popular desta sexta, 10, a articulação que vai levar à filiação do empresário José Batista Júnior, o Júnior do Friboi, no PMDB, ocorreu de cima para baixo, a pedido da presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
Uma manobra que atende, simultaneamente, interesses dos dois lados. Nacionalmente, a petista garante o apoio – com participação financeira! – do empresário em sua campanha à reeleição. De quebra, esvazia a sustentação política do presidenciável Eduardo Campos (PSB), que contaria com um financiamento prévio de sua postulação em Goiás.
A Deus dará.
Com Friboi no PMDB, Dilma fortalece ainda o grupo de oposição ao governador Marconi Perillo (PSDB), desafeto pessoal de seu antecessor, e conselheiro político, Luís Inácio Lula da Silva.
Vale lembrar que o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), que tem 22,36% de participação no grupo JBS Friboi, investiu, por meio da política industrial traçada no governo Lula, R$ 7,5 bilhões na empresa do pré-candidato em 2010.
Como é que vai ficar?
Dilma, Lula e Friboi fazem ótima a relação que já era boa. Unindo o útil ao agradável, o empresário ganha respaldo em um partido forte, com Iris Rezende (PMDB) como cabo eleitoral, e com a possibilidade de formar uma chapa verdadeiramente competitiva.
Quanto ao governador do Pernambuco, que teve Lula como aliado da disputa pela prefeitura de Recife e, como informou o colunista Cláudio Humberto, tem procurado angariar peemedebistas em outros estados…
Aquele abraço pra quem fica.
Um único senão: em toda essa articulação cheia de espertezas políticas, faltou apenas combinar com Iris Rezende, simplesmente o maior cabo eleitoral das oposições no Estado e comandante na prática do PMDB local.
Iris ficou descontente. E ainda não assimilou o golpe.
Aquele abraço pra ele também?
E se ele estiver de saco cheio?
A Deus dará. Adeus dará…
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