A Polícia Federal vai deflagrar mais de 100 grandes operações no próximo ano, principalmente contra a corrupção, em várias esferas de Poder e Estados, e no combate ao narcotráfico. Desde a revelação do diretor-geral da PF, delegado Leandro Daiello, de que havia 200 investigações especiais em andamento, elas começaram a surgir a granel, sendo duas deflagradas por semana, sempre no mesmo dia. Daiello concedeu entrevista exclusiva à Coluna e comemorou o fortalecimento da corporação com investimentos em pessoal e em tecnologia no combate ao crime e na perícia criminal.
Primeiro tiro
Desde a entrevista, a PF iniciou uma ofensiva de operações: foram nove até ontem, seis delas de combate à corrupção, e outras contra tráfico, pedofilia e jogo do bicho.
Lista 1
Contra a corrupção: Ferro e Fogo (Ibama-MA), Terra Prometida (Incra-MT), Alcatéia (Receita), Plateia (licitações-RO), Ave de Rapina (Prefeitura de Floripa), Lava Jato 7.
Lista 2
As operações que cercaram crimes diversos foram Denários (Tráfico de drogas), Adoletá (Pedofilia na internet), Trevo (Jogo do bicho e títulos de capitalização ilegais)
Os 35 de Costa
O momento mais quente do depoimento de Paulo Costa (Ex-Petrobras) ontem na CPI saiu da insistência do deputado Enio Bacci (PDT-RS), só no final, após sessão morna: ‘Quantos políticos envolvidos no Petrolão?’, insistiu. ‘Algumas dezenas’, disse Costa. Ao ouvido, diz o deputado, Costa lhe confidenciou: são 35. Apenas de sua cota.
Pé de ouvido
Durante a acareação, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) teve conversa de pé de ouvido com Paulo Costa. ‘Primeiro agradeci a ele. Falei na cara dele que ele não é nenhum santo. Mas também não podemos colocar como maior, pecador todos são’.
Delgado vai saber
E quanto ao número de políticos e quais seriam eles? ‘São esses que estão aí (na mídia) ou mais, mas não posso (falar) sob pena de me comprometer. Vocês vão saber, me liga’, respondeu Costa, e inclusive deu o telefone do advogado a Delgado.
Corte na carne
Assim que oficializado, o NOVO vai trabalhar para mudar a lei eleitoral em especial sobre o fundo partidário e o horário eleitoral gratuito, por ‘mau uso’ atualmente.
Braço direito
O futuro ex-ministro Mauro Borges, do Desenvolvimento e Comércio, vai compor secretariado de Fernando Pimentel no governo de Minas Gerais.
NOVO quer engajamento
João Amoêdo, presidente do Partido NOVO – que aguarda decisão do TSE – acredita no engajamento da militância por mudanças. O NOVO indicou apoio a Aécio (PSDB). Mas Amoêdo diz que ‘a presidente Dilma também está com o mesmo entendimento’.
Nem direita nem esquerda
Amoêdo evita rótulos para a legenda: ‘Poderíamos dizer que somos de esquerda no propósito de melhorar a vida das pessoas, de direita quanto a crença no livre mercado e de centro quanto a atuação equilibrada e com bom senso que pretendemos adotar’
Faroeste Tupiniquim
O Centro-Oeste parece terra de ninguém, digno de Faroeste Tupiniquim no século 21. Na segunda, bando de 10 fechou estrada e dinamitou três carros-fortes, matando três seguranças. Levaram milhões de reais. Perto de Anápolis, terra de Carlinhos Cachoeira.
Liberado
O ministro do STF Marco Aurélio deferiu liminar para suspender Processo Administrativo contra o procurador de Justiça do MP do MS Miguel Vieira Lima. É investigado por irregularidades em obra no anexo da Procuradoria-Geral de Justiça.
Barganha oficial
Muito se falou em inovação na campanha eleitoral. A presidente Dilma ‘inovou’ ao publicar no D.O. que liberaria R$ 444 milhões para emendas. Curiosamente no momento em que precisa do Congresso Nacional para aprovar lei de manobra fiscal.
Mar na Esplanada
O ex-ministro Altemir Gregolin lançou o livro Mar de Oportunidades, no qual fala das oportunidades e dos motivos pelos quais o Brasil tem um ministério para o setor.
Ponto Final
A Coluna Esplanada completa 3 anos nesta edição de hoje. Parabéns aos leitores!
Com Maurício Nogueira e equipe DF, SP e Nordeste
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