09 de agosto de 2024
Lênia Soares

Paulo Garcia e Vanderlan conversaram. Mas…Jovair entrou no meio

A confusão está armada. Após reunião política na noite de ontem, o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso, decidiu: Se Fábio Sousa (PSDB) sair, o apoio é de Jovair Arantes (PTB). O tucano recuou e o ex-prefeito também quer recuar. Mesmo como representante da base marconista, o petebista parece ter vantagens em relação ao prefeito Paulo Garcia (PT), aos olhos de Vanderlan. A resistência ao petista pode superar a vontade de fazer oposição ao governo estadual.

Duas semanas após sua desfiliação do PMDB, Vanderlan pode traçar um caminho quase inverso. A situação do ex-prefeito não é fácil. Um apoio a contragosto ou o risco de ser julgado pela aproximação com o governo marconista que ele prometeu fazer oposição. São as opções. É praticamente impossível entrar nesta campanha com o PTB sem segurar nas mãos do PSDB.

A segunda renúncia, em menos de um mês, de um pré-candidato do PSDB evidencia a situação caótica dos tucanos. Com a atenção de Marconi Perillo voltada para Operação Monte Carlo, as eleições ficaram em segundo plano. Nion Albernaz (PSDB) teve tempo de experimentar o gosto da liderança partidária, como conselheiro político. Ele promoveu eleições internas, reuniões com possíveis candidatos, articulou, articulou, articulou e… nada. Quem decidiu foi Marconi, que resolveu trocar o duvidoso pelo menos duvidoso.

Do outro lado, Paulo Garcia dá sinais de tranquilidade. Só sairá desta condição se for confirmado o boato de bastidores: Eduardo Campos pode intervir no PSB em favor de Jovair Arantes. Aí serão dois grandes apoios a menos em favor de um único candidato. Jovair liga insistemente e briga pelo apoio de Vanderlan Cardoso. 

Vanderlan Cardoso, disse não ter sido procurado, nenhuma vez, pelo prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, para decisões políticas envolvendo as eleições municipais. Na contrapartida, o petista garante ter conversado com o ex-prefeito garantindo seu apoio. “Conversamos por quase duas horas e, pra mim, estava tudo certo”. Paulo afirma não ignorar a importância de Vanderlan, mas também não promete se aliar a ele nas eleições de 2014, quando será anuente à Iris Rezende (PMDB).

Paulo Garcia parece não perceber que Vanderlan está dando sinais de que quem quiser o apoio dele para a prefeitura de Goiânia, terá que oferecer muito: a vice e o apoio na candidatura a governador em 2014.

Os movimentos de Paulo Garcia para garantir apoio de Vanderlan Cardoso e do PSC não são percebidos, principalmente pelos lados de Senador Canedo. Vanderlan joga na mesa que teve 160 mil votos em Goiânia e é muito citado nas pesquisas qualitativas. Paulo poderá ser o próximo petista a escrever uma cartilha aperfeiçoada de como perder uma reeleição. Para ganhar, tem que fazer política.

Até o momento, enquanto nada é oficial, o cenário que pode ser esboçado é o seguinte: Paulo Garcia confia no peso da máquina pública e no apoio de Iris Rezende (PMDB). A única grande vontade de Marconi Perillo é o fim das eleições. Já que não o tempo não diz amem para o governador, melhor entrar com mais força e chances de vitória. Jovair Arantes (PTB) se destaca pela articulação e estrutura financeira para campanha. Ainda tem Isaura Lemos (PC do B) e Elias Júnior (PTN). Isaura confia nas pesquisas e no movimento pela moradia, liderado por seu marido, Euler Ivo. Elias, mesmo representando um partido nanico, usa o lema do Tiririca: “Pior que ta, não fica”.

Vanderlan não colocou 2014 na pauta para imprensa, mas já afirmou que saiu do PMDB com mais força para este projeto.


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