07 de agosto de 2024
Serviço

Orquestra Sinfônica leva Mozart ao Teatro SESI

Sob a regência do maestro Joaquim Jaime e solos do pianista israelense Iddo Bar Shaï, a Orquestra Sinfônica de Goiânia apresenta o Programa Mozart no quarto concerto da Temporada 2012

A Orquestra Sinfônica de Goiânia se apresenta no Teatro Sesi do Centro Cultural Paulo Afonso Ferreira nesta terça-feira (22), às 20 horas. Sob a regência do maestro Joaquim Jaime e solos do pianista israelense Iddo Bar Shaï, a Orquestra apresenta o Programa Mozart no quarto concerto da Temporada 2012. A entrada é franca.

No dia 23 de maio, quarta-feira, o premiado pianista Iddo Bar Shaï faz um recital interpretando peças de Haydn, Chopin e Scriabin.

 

As obras

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) começou a compor aos cinco anos de idade e passou a se apresentar para a realeza da Europa, maravilhando a todos com seu talento precoce. A crítica de seu tempo reconhecia seu talento superior, mas muitos consideravam sua música excessivamente complexa, tornando-a de difícil compreensão para o ouvinte inculto e um desafio mesmo para os conhecedores.

Mozart apontou possibilidades para a expansão das formas musicais. Notável foram a sua habilidade em coordenar elementos heterogêneos para formar um todo unificado, a consistência do seu fraseado e a fertilidade de suas idéias.

A ópera As Bodas de Fígaro é a primeira das três obras-primas que Mozart compôs ao lado do libretista Lorenzo da Ponte (as outras são “Don Giovanni” e “Cosi fan tutte”). Da Ponte escreveu o livreto a partir da peça de mesmo título de Beaumarchais. A Abertura, escrita apenas dois dias antes da estréia, em 1º de maio de 1786, em Viena, sintetiza em milagrosos poucos minutos o universo da ópera.

É um vertiginoso Presto que nos faz mergulhar na trama que Susanna e Fígaro irão viver em seguida. O tempo da música, que era dificilmente executado na época, acompanha desta forma o ritmo alucinante da narrativa encadeada de intrigas e situações cômicas, que se sucedem ao longo da trama.

Mozart adorava se apresentar em público exibindo seus dotes de pianista e, nos seus últimos anos em Viena, esta era uma de suas principais fontes de renda. O Concerto para Piano e Orquestra nº 23, em Lá Maior, KV 488, têm um caráter angélico e sobrenatural, elevando a mente do ouvinte acima das coisas deste mundo.

Mozart excluiu de sua orquestração todos os instrumentos de sonoridade rude ou agressiva; não há tímpanos nem trompetes; apenas uma flauta, duas clarinetas, dois fagotes e duas trompas, além das cordas. Não há contrastes dinâmicos violentos nem explosões orquestrais. O primeiro movimento, Allegro, é temperamental e relativamente tenso; perfeitamente estruturado. O segundo movimento, Adagio, é de um etéreo romantismo, uma das páginas mais brilhantes do compositor. O terceiro movimento, Allegro assai, é de grande esplendor, com magistrais diálogos sabiamente empregados entre o piano e a orquestra.

A Sinfonia No. 41, em Dó Maior, K551 (“Sinfonia Júpiter”) é a última sinfonia de Mozart. Quem lhe deu este título foi o editor musical inglês que publicou a partitura após a morte do compositor, pela “alta elevação de idéias e nobreza de tratamento.” É o deus grego passeando por entre as nuvens, exibindo sua beleza e majestade.

Como em todas suas grandes obras, Mozart garante a perfeição absoluta pela disciplina emocional e formal, colocando em equilíbrio a sonoridade harmoniosa e a construção arquitetônica. Nesta magnífica obra, Mozart revela a cada momento e, sobretudo no final, todos os recursos da sua ciência e todo o seu poder que culminam em uma fuga elaborada sobre os cinco motivos do último movimento.

 

Programa

MOZART, W. Amadeus As Bodas de Fígaro, “Abertura”

(1756-1791)

MOZART, W. Amadeus Concerto para Piano e Orquestra nº 23, em Lá Maior, KV 488

(1756-1791) 1. Allegro

2. Adagio

3. Allegro assai

Solista: Iddo Bar- Shaï

Intervalo

MOZART, W. Amadeus Sinfonia Nº 41, Dó Maior KV 551 – Sinfonia Júpiter

(1756-1791) 1. Allegro vivace

2. Andante cantabile

3. Menuetto: Allegretto – Trio

4. Molto Allegro

Regente: Joaquim Jayme

(Prefeitura de Goiânia)


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