21 de dezembro de 2024
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Órgãos públicos em Goiás terão de diminuir consumo de energia em 30%

O Governo de Goiás publicou, nesta quinta-feira (09/09), no Diário Oficial do Estado, o Decreto nº 9.940 que tem como objetivo diminuir em 30% o consumo de energia elétrica na administração pública estadual. A medida foi aplicada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) para evitar a acentuação da crise hídrica que o Brasil vive.

“Se é uma casa pública, e a energia é paga com dinheiro da população, nós temos que dar o exemplo nos momentos de escassez”, explicou Caiado. O decreto se une aos esforços junto à população na tomada de medidas de redução do consumo de energia elétrica, necessárias para o enfrentamento da situação hidroenergética desfavorável.

A publicação traz recomendações sobre diversas alternativas para o melhor uso dos equipamentos consumidores de energia nas edificações públicas, como sistemas de ar-condicionado, iluminação das salas e ambientes, computadores, geladeiras e congeladores, elevadores e bebedouros. 

Os órgãos deverão buscar reduzir o consumo de energia nos meses de setembro de 2021 até abril de 2022 em, no mínimo, 30% em relação à média de consumo dos mesmos meses no ano de 2019. A medida não vale para as unidades e os prédios da Secretaria de Saúde, exceto os que funcionam exclusivamente em caráter administrativo.

As entidades estaduais também deverão elaborar um comparativo de consumo de energia entre os meses determinados para validar a efetividade das medidas de redução de consumo. Também é recomendado que produtos e serviços adquiridos ou locados pela administração estadual tenham o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). As medidas entram em vigor com a publicação do decreto e visam manter a segurança e continuidade do fornecimento de energia elétrica no Estado.

Vazão do Rio Meia Ponte entre no nível crítico 3

Com o longo período de estiagem, a vazão do Rio Meia Ponte entrou no nível crítico 3 na última sexta-feira (03/09) fazendo com que a Região Metropolitana de Goiânia que depende do abastecimento da bacia caminhe para um possível racionamento, apesar de ainda não ser um passo próximo. “Ainda não há uma ação para ela [racionamento] agora. Entrando no nível crítico 3, iremos reduzir em 50% o uso da bacia. Todo o mundo. Indústria, agricultura. Todos vão ter de reduzir esse volume captado”, afirmou o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim em entrevista ao Diário de Goiás.

De acordo com deliberação do Comitê de Bacia do Rio Meia Ponte, que define as diretrizes para o enfrentamento da crise hídrica a montante de Goiânia, a mudança de nível ocorreu porque a vazão de escoamento é menor ou igual a 3 mil l/s. O alerta é da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

Apesar disso, André diz que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Goiás (Semad) trabalha com ações preventivas para que por ora, nenhuma medida extrema seja adotada. “Por enquanto, a questão do racionamento ainda nós temos algumas estratégias, contando que com a redução de 50% será possível permanecer em um nível de vazão no Rio Meia Ponte para ter a manutenção até que as chuvas venham e que possa recuperar a vazão do Rio. Estamos caminhando mas não tem a questão de começar o racionamento imediatamente”, destaca.

O avanço para o nível crítico 3 já havia sido previsto ao Diário de Goiás pelo presidente do Conselho da Bacia do Rio Meia Ponte, Fábio Camargo. “A chance de racionamento é muito grande porque nós entramos e já baixamos 1000 litros por segundo dentro de dez dias, se abaixarmos mais 1000 litros, iremos racionar. O futuro é crítico. Esperamos que todos juntos consigamos economizar um pouco de água para não entrar no racionamento que pode acontecer nos próximos dias”, alertou.


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