Se o debate das eleições de 2014 é pautado pela renovação, nada mais justo que registrar nesta ata a necessidade de uma maior presença feminina nos cargos públicos do Estado de Goiás. Uma reforma que vai além da questão da idade. Ela inclui novas ideias, novas propostas e um novo comportamento político-social.
Uma revolução já retardada na força do coração do Brasil.
Pois no calor das discussões sobre o processo sucessório não se ouve os timbres leves das possíveis candidatas ao governo de Goiás. Afinal, quem são as aspirantes ao Executivo goiano?
Em entrevista ao Diário de Goiás, ainda em 2012, a deputada federal Marina Sant’anna (PT) postulou seu nome como pré-candidata ao governo. “Por que não eu? Temos bons quadros no partido e me incluo no rol dos pré-candidatos”, afirmou a petista.
Hoje, o PT disputa o papel de protagonista neste pleito, mas nem cita a deputada como opção. Uma possibilidade que não saiu do gabinete de Marina.
No PSDB, a senadora Lúcia Vânia já disputou o cargo e continua cotada como bom nome. Mas um nome esquecido. A tucana, nos últimos meses, se ausentou da mídia e do tema eleição.
O PMDB tem a deputada federal Iris Araújo. Na presidência da Fundação Ulysses Guimarães, Dona Iris toma frente na elaboração do projeto de campanha, utilizando-se ainda dos resultados discursivos da Caravana da Oposição.
A peemedebista é destaque na mídia e alvo constante de críticas, mas seu nome não é cotado, sequer, ao Senado.
Um processo majoritariamente masculino, em um momento de indiscutíveis necessidades de mudanças.
No último mês, o Ibope divulgou uma pesquisa mostrando que 78% da população brasileira defende a divisão igualitária obrigatória entre homens e mulheres nas listas de candidatos dos partidos.
Mais: 74% dos entrevistados acreditam que a democracia só será garantida com a maior presença das mulheres na esfera pública. E 50% defende a punição para os partidos que desobedecerem a proporção.
O levantamento foi realizado em todas as regiões do Brasil e questionou mais de 2 mil pessoas com mais de 16 anos.
Uma opinião extraída da população de um País cuja maioria é formada por mulheres (52%) e que ocupa o 1210 lugar no ranking mundial sobre a participação feminina na política.
Vale lembrar que no Executivo do Estado e da Capital, o poder da canetada sempre foi de caligrafia masculina.
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