A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) publicou uma nova nota técnica, nesta quarta-feira (4), com orientações detalhadas para produtores rurais, responsáveis técnicos, especialmente de granjas avícolas com medidas para evitar a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em todo o Estado de Goiás. O reforço nas ações ocorre após a confirmação de caso de gripe aviária em ave silvestre no Zoológico de Brasília, anunciada pelo Governo do Distrito Federal na última terça-feira (3).
Além deste caso, ainda foram registrados outros no estado de Minas Gerais e em plantel comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Até o momento, não há registro da doença em Goiás, mantendo o status sanitário de livre da gripe aviária, mas o Estado segue em alerta.
Na Nota Técnica nº 1/2025, publicada nesta quarta (4), a Agrodefesa apresenta orientações detalhadas, especialmente para granjas avícolas, para a população em geral e órgãos parceiros, com foco na biosseguridade, vigilância e notificação imediata de casos suspeitos. O estado de alerta máximo mantém ações intensificadas de vigilância ativa e passiva para a detecção precoce da doença.
De modo a promover ações preventivas e de ação rápida, caso necessário, a Agrodefesa está promovendo o reforço na fiscalização e monitoramento do trânsito de aves e produtos de origem animal, especialmente oriundos de áreas com focos confirmados; intensificação da vigilância ativa em criatórios de aves silvestres e locais com aglomeração de aves (como lagos, represas, zoológicos); fiscalização rigorosa de eventos com aves e controle de biosseguridade nas granjas. Além disso, ainda está agindo na capacitação de equipes técnicas e do Grupo Especial de Emergência Zoossanitária; educação sanitária contínua com foco em sinais clínicos e canais de notificação.
Orientações específicas
A Agência emitiu recomendações e orientações direcionadas para produtores e responsáveis técnicos para a detecção precoce da doença e para evitar surtos no Estado. Os produtores rurais responsáveis por granjas avícolas devem adotar medidas rigorosas de biosseguridade, como:
- controle rigoroso de acesso às granjas, com restrição total de entrada de pessoas não autorizadas;
- implementação e manutenção de barreiras sanitárias (rodolúvios, pedilúvios, troca de roupas e calçados);
- manutenção de telas e cercas ao redor das instalações;
- eliminação de árvores frutíferas no perímetro da granja;
- controle efetivo de moscas e roedores;
- regularização e manutenção da documentação cadastral da granja e realização de monitoramento diário dos plantéis.
Atribuições ao responsável técnico de granjas avícolas incluem também:
- garantir a correta aplicação das medidas de biosseguridade;
- monitorar rotineiramente os procedimentos de limpeza, desinfecção e controle de acesso de pessoas e veículos;
- acompanhar o controle de pragas, como moscas e roedores;
- realizar monitoramento clínico contínuo das aves;
- capacitar e orientar os colaboradores quanto à biosseguridade e aos sinais da doença e notificar imediatamente à Agrodefesa, caso identifique sinais clínicos suspeitos.
Já os produtores de aves de subsistência devem garantir que suas aves não tenham contato com aves silvestres, utilizando instalações teladas, com fornecimento de água e alimento apenas no interior das instalações. Também devem estar atentos aos sinais da doença e notificar a Agrodefesa se identificarem sintomas suspeitos, tanto em aves domésticas quanto silvestres.
A população também tem papel importante nas medidas de contenção e prevenção. A Agrodefesa reforça que qualquer pessoa, em área urbana ou rural, que observe aves com sinais clínicos suspeitos [como dificuldade respiratória, secreção ocular ou nasal, andar cambaleante, torcicolo ou sinais neurológicos, cianose nas extremidades (pernas, crista e barbela)] ou mortalidade anormal, deve notificar a agência. No caso de aves silvestres, a notificação também pode ser feita diretamente ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
A notificação pode ser feita por meio do sistema e-Sisbravet, pelo WhatsApp (62) 99816-4128, ou diretamente nas unidades regionais da Agrodefesa, cujos contatos estão disponíveis no site da Agência. A Agrodefesa reforça que o consumo de carne de aves e ovos permance seguro.
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