(Texto publicado originalmente no Blog do Bordoni: www.luizcarlosbordoni.blogspot.com )
De graça, jamais. É a segunda maior agência do país no campo da comunicação e planejamento estratégico. Não localizei licitação, nem editais no Diário Oficial de Goiás. Apenas informo que a agência Francisco Soares Brandão, a FSB Comunicação e Planejamento Estratégico já é o suporte com que Rui Rodrigues conta para tentar reconstruir a imagem do seu cliente VIP: o governador Marcondes Perillus.
Explico o epíteto supra: Desde que, via liminar, o tal feitor obteve na justiça a proibição do uso de seu nome pela jornalista Lênia Soares em seus artigos, em solidariedade a ela cumpro a mesma ordem judicial. Assim, chamo do que quiser o desastrado ocupante do Poder Executivo em Goiás.
Rui sabe que não será fácil. O candidato não ajuda, a sua arrogância e o seu acentuado personalismo atrapalham. Ou se submete à disciplina ou se submete à disciplina. O menino humilde de 1998 se transformou num pedante megalomaníaco
No começo do governo houve a tentativa de se ajustar um contrato AGECOM/FSB. Ela tivera importante participação na campanha. O edital publicado revelava fábulas a serem pagas – ver tabela – , números revelados com exclusividade pela competente Fabiana Pulcineli. Resultado: o negócio fez água.
Sem revelar nada, o novo presidente da AGECOM, Igor Montenegro parece ter ajustado o serviço com a empresa de Brandão. Eles têm pesquisas e sabem que a coisa para o chefe será muito mais difícil agora. O otimismo desfilado ultimamente é tática.
Sabem mais: que foi brutalmente negativo o efeito das ofensas que o imprudente e irresponsável senhor dirigiu ao ex-presidente Lula. Tanto que até o blog trash deixou de contar vantagem.
Uma coisa que Rui estaria preocupado e disso ele não iria abrir mão: distância de núcleos irradiadores de diatribes. Vade retro.
A exigir tanta assepsia, corre sério risco de restar sozinho. Sem candidato, inclusive,
O “efeito canalha”
Marconi viajou a mando dele. E Rui o mandou porque o Rei falou demais. O “Lula canalha” causou um tremendo estrago. Tirá-lo do epicentro foi saída estratégica. O governador voltará da viagem diretamente para os governos itinerantes, tentando dar um novostart na reconstrução da sua imagem.
O detalhe é que há muita insubordinação dentro do governo. Muitos se sentem mais poderosos do que o “dono” e vivem a incendiar bastidores. O “Caso Vecci” é o mais recente exemplo. Bastou o “cacique” viajar para que a banda canalha da Corte fosse incomodar um dos raros remanescentes do autêntico projeto do “Tempo Novo”.
Parece que o Kremlin se fez de vez paraíso dos rufiões, o Olimpo dos proxenetas da democracia, o lupanar das meretrizes ideológicas. Nada mais é autêntico ali.
Quem é Rui Rodrigues
Graduado em Engenharia e pós-graduado em Economia, Rui Rodrigues, o novo responsável pelo marketing marconista, se dedica há mais de 25 anos ao setor de comunicação. Nascido em São Paulo, em 1951, ele tem em seu currículo algumas das mais relevantes campanhas eleitorais, políticas e institucionais do país.
Em 1992, participou juntamente com Geraldo Walter da organização da disputa presidencial da Angola, onde morou por 18 meses. Já em 1994 e 1998, esteve à frente das campanhas de Fernando Henrique Cardoso à Presidência. Assim como fez com José Serra em 2002. Rui também trabalhou com Jorge Bittar, Lídice da Mata, Albano Franco, João Alves, José Agripino Maia, Antônio Britto, Tasso Jereissati e Roseana Sarney, entre outros.
Em Minas Gerais, participou ao lado de Paulo Vasconcelos, seu sócio na Vitória CI, das duas campanhas de Aécio Neves ao governo do Estado. No ano passado, ambos coordenaram a campanha de Antônio Anastasia.
Na área institucional, seus trabalhos incluem marcos como as campanhas de divulgação da privatização das telecomunicações e também da fusão Brahma – Antarctica, em 2000, quando nasceu a Ambev.
Recentemente, Rui foi encarregado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de coordenar os trabalhos de apresentação da vitoriosa candidatura brasileira para sediar a Copa do Mundo de 2014. Na verdade, Rui disputava, ao mesmo tempo, uma verdadeira Copa do Mundo, pois nas mãos dele estavam as campanhas de expansão de empresas campeãs, como a Vale, Copasa, Light, Grupo Ultra e Unipar, Quattor, CCR e Ambev.
Ao lado de Nizan desde 1994, incluindo Guga Valente e Bia Aydar no grupo, gestou-se a MPM Propaganda, mais tarde fundida com a Loducca, do Celso, para se tornar um dos mais bem sucedidos cases empresariais da propaganda no Brasil.
Este é Rui Rodrigues, um grande profissional. Mas não é Deus e nem faz milagres.