O governador Ronaldo Caiado (UB) demonstrou descontentamento com o aumento da passagem do transporte coletivo interestadual no Entorno do Distrito Federal, autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O novo valor, 8,56% mais caro que o praticado anteriormente, começa a valer neste domingo (25).

De acordo com Caiado, o aumento é injusto para o cidadão e “não resolve o problema estrutural do transporte coletivo da região”. O governador de Goiás destacou que os preços vão pesar no bolso do trabalhador que precisa do transporte diariamente. “De Brasília a Planaltina, a tarifa vai custar quase R$ 23 no percurso de ida e volta. Se o usuário for 25 dias a Brasília, gastará mais de R$ 560 por mês. Como fica para o cidadão?”, pontuou Ronaldo Caiado.

Publicidade

O aumento foi autorizado pela ANTT sem consulta ao Governo de Goiás. Como se trata de um transporte interestadual, entre municípios do Distrito Federal e de Goiás, conforme a legislação vigente, a gestão é de responsabilidade da União. Mas, de acordo com o governador, diante do aumento acentuado, se não houver subsídio sustentável, o sistema vai colapsar.

Publicidade

Segundo a pesquisa feita pela Secretaria-Geral do Governo de Goiás (SGG), hoje, o preço médio da tarifa é de R$ 7,72, sendo a máxima praticada em Novo Gama, que chega a R$ 10,80. Com o reajuste de 8,56%, o valor médio passa para R$ 8,38 e o mais alto a R$ 11,70 por passagem.

Publicidade

Negociações

Seguindo a linha de Caiado, a secretária do Entorno do Distrito Federal (SEDF-GO), Caroline Fleury, destacou a insustentabilidade do aumento a longo prazo. “Nossa expectativa é que o governo federal se sensibilize e assuma a responsabilidade dele como gestor do transporte na região, aceitando dividir os custos da passagem no Entorno, subsídio que já tem consenso entre os governos de Goiás e do DF”, ressaltou.

Como alternativa, o senador Jorge Kajuru pediu ao ministro dos Transportes, Renan Filho, para que suspenda o reajuste em pelo menos 180 dias. Esse tempo coincide com o prazo determinado pelo próprio ministro para a finalização das atividades do Grupo de Trabalho (GT) sobre a gestão do transporte na região, que conta com representantes dos governos de Goiás, do Distrito Federal e da União.

Publicidade
Publicidade